“Por mais que estudamos, pesquisamos literaturas em sala de aula, nada substitui esse dia de experiência, de convivência, de participar e interagir”.
Em celebração a 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, cerca de 27 alunos e professores do Centro Municipal de Formação para Profissionais da Educação e das Escolas Bela Vista, Ivete Lourdes Arenhardt, Rui Barbosa e Primavera visitaram a Fazenda Agroraça e a Aldeia Mirassol, da etnia Aweti, durante o projeto “Dia de Campo-Encontro de Culturas”, no Parque Indígena do Xingu, em Gaúcha do Norte.
O projeto que está na 3ª edição, tem a parceria da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação (Semed), e faz uma imersão a cultura e aos costumes dos povos da mais importante reserva indígena do Brasil, em meio a biodiversidade da região, além de conhecer como a tecnologia tem influenciado no manejo do agronegócio naquela região, como destacam os professores Rui Freire Guimarães e Sandra Terezinha Grando, idealizadores do projeto nas escolas de Sorriso.
“É uma riqueza de conhecimentos que contempla praticamente todas as áreas da educação. Uma experiência incrível onde a gente pode desfrutar das riquezas existentes da nossa floresta, do cerrado, das matas de transição, das bacias hidrográficas, dos animais durante o percurso. Essa vivência com a cultura do índio, a pintura, a culinária, a arquitetura são conhecimentos que transcendem e fazem a diferença de todos nós”, pontua o professor Rui Freire Guimarães.
Na oportunidade, os visitantes aprenderam um pouco sobre a fauna e flora do local e a produção dos alimentos consumidos pela comunidade, onde os índios apresentaram as plantas utilizadas nos rituais indígenas, bem como as sementes utilizadas nas pinturas e o significado de cada uma delas. Eles aproveitaram também para fazer uma ação de reflorestamento na Fazenda Agroraça.
“Eu achei tudo muito interessante, a plantação de mandioca, como os índios estudam, a escola, onde eles tomam banho, a dança, a roupa etc. Conhecemos também como os profissionais da Fazenda Agroraça utilizam a tecnologia no agronegócio na agricultura de precisão, em que eles usam um drone para identificar as ervas daninhas, para depois pulverizar somente onde precisa”, destacou o aluno Tarcísio Luiz, do 8º ano.
Outro momento importante foi o passeio à Fazenda Agroraça, em que os agrônomos abordaram, durante palestras, sobre a rotina produtiva, os maquinários utilizados no dia a dia, as técnicas de plantio dos grãos e sobre o uso da tecnologia em meio ao campo.
“O agro faz a diferença em nossas vidas. A ideia é apresentar a essas crianças o contexto geral e quem sabe despertar a vocação para o agro por meio desse convívio e do dia a dia do homem no campo”, pontua a professora Sandra Terezinha.
A aluna Maisa Rodrigues, do 9º ano, da Escola Municipal Primavera, resume o passeio em momentos de muito aprendizado que vão ficar marcados na memória de cada um deles.
“É uma cultura muito linda. Eu nunca imaginei que uma aldeia indígena era daquele jeito, grande e bonita. Sobre o dia de campo, tivemos a oportunidade de conhecer plantações de girassóis, de gergelim, de arroz, de amendoim, que eu nunca tinha visto e foi muito bom descobrir como eles fazem para o alimento ser de boa qualidade sem prejudicar o meio ambiente. Tudo isso me despertou a vontade de trabalhar nisso futuramente”, frisa.