Médicos e pacientes com medo estão fugindo de um hospital em Rafah, enquanto as transferências de doentes e feridos por uma passagem de fronteira no Egito estão paralisadas devido à operação militar de Israel, disseram médicos e moradores nesta terça-feira (7).
O hospital Abu Yousef al-Najjar fica em uma área no Sul de Gaza que o Exército israelense designou como zona de combate no conflito em que ataques israelenses repetidas vezes atingiram hospitais. Apenas um terço deles continua operacional. Israel justifica esses ataques dizendo que o Hamas os utiliza com propósitos militares – uma alegação que tanto os funcionários dos hospitais quanto o Hamas negam.
O médico Marwan al-Hams disse à Reuters que Israel colocou o hospital Abu Youssef al-Najjar no centro do campo de batalha. “Suas ameaças contra ele fizeram com que pessoas e pacientes deixassem o hospital”, disse, acrescentando que alguns funcionários médicos também foram embora.
O departamento de diálise para pacientes com doenças renais permanece aberto por enquanto, acrescentou.
A porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Margaret Harris, alertou que seu fechamento colocaria imediatamente em risco as vidas de cerca de 200 pacientes de diálise, porque é o único de Gaza.
“Se eles forem fechados, isso significa que todas essas pessoas simplesmente morreram de insuficiência renal, porque é isso que as mantém vivas”, afirmou. Outros serviços médicos em Rafah já foram afetados, com alguns serviços suspensos.
A passagem de Rafah para o Egito foi tomada por Israel e fechada, impedindo tanto retiradas médicas de pessoas doentes e feridas quanto a importação de remédios, dizem grupos de auxílio médico. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 140 pacientes estavam programados para sair do enclave sitiado nesta terça-feira, para tratamento.
Reportagem adicional: Doaa Rouqa Emma Farge e Nidal Al Mughrabi
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.