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MATO GROSSO

Judiciário e Assembleia Legislativa lançam vídeo de alerta sobre sinais de violência doméstica

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso lançou um vídeo de conscientização sobre os tipos de violência contra a mulher, alertando para os sinais e a importância de denunciar a qualquer tempo.
 
No vídeo, que já está sendo veiculado em canais de TV aberta em Mato Grosso, os telespectadores e as telespectadoras são orientados a identificar todas as formas de violência contra a mulher.
 
As imagens mostram mulheres vivenciando diversas situações de violência praticadas por seus parceiros, enquanto o texto verbal, com legenda e tradução em libras para garantir acessibilidade, faz uma reflexão sobre o tempo e as mudanças que nós esperamos que ele traga.
 
Mas o vídeo faz o alerta de que o tempo não espera e, muitas vezes, não há outro momento para mudança que não seja o agora.
 
“Salvar sua vida não deve ser uma questão de tempo. Denuncie enquanto é tempo, a qualquer tempo. Ligue 190”, diz trecho do vídeo.
 
Veja exemplos de violência abordados:
 
Violência psicológica: ameaças, constrangimento, humilhação, isolamento.
 
Violência sexual: estupro, forçar atos sexuais, prostituição, casamento, gravidez ou abordo.
 
Violência patrimonial: controle do dinheiro, extorsão, furto, não pagamento de pensão.
 
Violência física: espancamentos, lesões, estrangulamento, tortura.
 
Violência moral: difamação, acusações, críticas mentirosas, desvalorização, exposição íntima.
 
O produto audiovisual é um trabalho realizado em parceria entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Corregedoria-Geral da Justiça, Assembleia Legislativa de Mato Grosso e Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar no âmbito do Poder Judiciário (Cemulher).
 
 
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição de imagem: arte digital colorida na cor roxa. Ao centro a imagem de um relógio e ao fundo as cenas de mulheres sofrendo violência. À esquerda o texto “salvar sua vida não deve ser uma questão de tempo” e à direita um pequeno quadrante “denuncie 190”. Assinam a peça os logos do Poder Judiciário, da Corregedoria, da Cemulher e da Assembleia Legislativa.
 
Mylena Petrucelli
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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