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MATO GROSSO

Grupo de estudos da Sesp debate sobre sociabilidades, circulação e mobilidade como prática social e política

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O Núcleo de Pesquisas Científicas da Secretaria de Segurança Pública (NPC/SESP-MT) realizou o sétimo encontro do Grupo de Estudos intitulado “Diálogos e Transversalidade em Segurança Pública”, nesta terça-feira (30.04), na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá.

O tema abordado foi “Sociabilidades, Circulação e Mobilidade como Prática Social e Política”, mediado pela professora Clara Natalia Steigleder Walter, doutora em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Este ano, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) juntou-se ao grupo de estudos da Sesp, e estão planejadas mais sete reuniões até novembro. O objetivo dos encontros é sistematizar informações importantes para subsidiar futuras parcerias institucionais e políticas públicas que reflitam nos serviços prestados à sociedade.

Membro da coordenação do Núcleo de Pesquisas Científicas, o analista do Sistema Socioeducativo, Ueliton Peres de Oliveira, explica que o tema é ligado ao papel do Detran, contudo, é importante para todas as forças de segurança, pois, direta ou indiretamente, elas atuam frente as demandas que permeiam a ocupação do espaço urbano e sociabilidades na comunidade. 

“Essas discussões são relevantes para a sociedade, pois poderão subsidiar futuras propostas de intervenção no que tange propostas de educação no trânsito e o comportamento humano para a ocupação do espaço urbano. Todas as informações debatidas serão utilizadas para produção de artigos científicos e também capítulos de livros. Nosso objetivo é promover o conhecimento e a integração”.  

Ano passado foram seis encontros para debater diferentes temas com a finalidade de socializar conhecimentos e propiciar a integração entre as forças de segurança pública, instituições de ensino superior e demais pesquisadores em âmbito nacional. 

O Núcleo de Pesquisas Científicas, instituído pela Portaria Conjunta N° 06/2022GAB/SESP em outubro de 2022, funciona dentro da Superintendência de Gestão de Pessoas da Sesp, sob a coordenação dos servidores Ueliton Peres de Oliveira, e Rosária Cristina da Silva Ormond, analista de desenvolvimento econômico e social. Tem por objetivo a socialização do conhecimento científico e de boas práticas no âmbito da segurança pública e o incentivo de produções técnico-científicas.
 

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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