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MATO GROSSO

Vencedores do Prêmio de Eficiência e Inovação melhoraram serviços de segurança, educação e saúde à população mato-grossense

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A Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e as Secretarias Estaduais de Educação (Seduc) e Segurança Pública (Sesp) criaram soluções que impactam na prestação de serviços públicos para a comunidade surda, no atendimento multiprofissional e multiterapêutico de estudantes da rede estadual, e que promovem a integração de profissionais da saúde e bombeiros no atendimento pré-hospitalar de trauma e emergências clínicas.

Por essas iniciativas, as suas equipes conquistaram, respectivamente, as três primeiras colocações da categoria Satisfação do Cidadão ou Servidor, do Prêmio de Eficiência e Inovação em Práticas Públicas.

O Centro de Inovação Redes Inteligentes e Soluções Criativas (Risc – Unemat) ficou na primeira colocação. A equipe desenvolveu o aplicativo Chama o Bombeiro, que fica hospedado numa plataforma e possui um painel intuitivo e ilustrativo. A ferramenta garante um serviço rápido e seguro para a comunidade surda, auxiliando também o órgão competente nessas ocorrências.

Por enquanto, essa tecnologia está disponível somente no município de Cáceres (MT), mas passa pelo processo de transferência tecnológica do Risc para o domínio tecnológico do Corpo de Bombeiros Militar. A inovação proporcionada pelo aplicativo é que ele derruba a barreira da oralidade para o atendimento à população, indo além dos modelos convencionais.

O coordenador do Risc, Robson Gomes de Melo, destaca que a ferramenta captura o georreferenciamento do local no qual ocorre a solicitação e permite que a central de atendimento dos Bombeiros tenha detalhes do tipo de ocorrência, por exemplo, pela gravação de vídeo ou captura de fotografia.

“Outro diferencial é a possibilidade de escalabilidade. Trata-se de uma ferramenta que pode ser adotada por vários outros tipos de serviços de prestação de socorro, como pela Delegacia da Mulher, Polícia Militar, Polícia Civil, pelo SAMU”, prospecta Melo, que também é professor da Unemat.

A segunda colocação é uma conquista da equipe da Seduc que, por meio de uma formação multiplidisciplinar e multiterapêutica de especialistas, inovou no atendimento prestado à educação especial. Segundo a integrante da equipe, Criseida Rowena Zamboto de Lima, nenhuma rede estadual de ensino tem um atendimento nesse formato voltado para estudantes com deficiência, deficiências múltiplas ou autismo, por exemplo.

O serviço Eduinclui se destaca pelo pioneirismo e porque dá celeridade ao processo de diagnósticos de saúde que, muitas vezes, pelo fluxo convencional, demora 4 ou 5 anos, em casos não muito evidentes, como em crianças com deficiência intelectual leve ou com autismo nível 1 de suporte. 

“Por meio da inovação e eficiência proporcionadas pelo Eduinclui, a escola consegue em menos de dez dias o primeiro atendimento, seja por clínico geral, e, no máximo 30 dias, um atendimento com o psiquiatra ou neurologista”, pondera a professora.

“Já nesse período de 30 dias, o atendimento começa a acontecer também com os profissionais das demais especialidades, como da educação, fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia”, complementa.  Quanto mais precocemente é diagnosticada a deficiência ou o transtorno do espectro autista mais rapidamente é possível intervir na qualidade educacional e nos fatores que vão fazer com que esse estudante tenha um bom desenvolvimento na sociedade.

O terceiro lugar ficou com a Sesp, por meio do Corpo de Bombeiros Militar, com implantação da 1ª Central Regional de Regulação de Atendimento Pré-hospitalar Móvel (APH). A iniciativa foi aplicada no município de Sinop (MT) para atender os casos de resgates de baixa, média ou alta complexidade.

De acordo com um dos integrantes da equipe, Jean Carlos Pinto de Arruda Oliveira, a implantação do serviço de regulação médica de atendimento pré-hospitalar é um avanço para os atendimentos de trauma e emergências clínicas na região Médio Norte do estado. “Por meio da integração profissionais de saúde e militares, conseguimos melhorar a prestação de serviço ao cidadão, ativar o suporte avançado com a presença de médicos e enfermeiros, otimizando recursos públicos municipal e estadual”, declara o bombeiro.

Entre os benefícios à população estão a integração de reforço, visto que a iniciativa se consolida por meio de parceria entre estado e município, a otimização de recurso, evitando a duplicidade de despesas, a implantação em curto prazo, além de se consolidar como uma prática que melhora o atendimento de serviços de resgate para os municípios. Estão disponíveis unidades móveis terrestres e aéreas.

A premiação 

O prêmio organizado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) reconheceu as dez melhores práticas em cada uma das categorias: Transformação Digital; Redução de Custos/Melhoria da Receita; e Satisfação do Cidadão ou do Servidor.

Essas três primeiras equipes da segunda categoria ganharam como reconhecimento, respectivamente, os valores de R$200 mil, R$170 mil e R$200 mil. Os integrantes dos grupos também têm direito a passagem aérea internacional com acompanhantes e os vencedores também receberam o certificado “Servidor Eficiente e Inovador em Práticas Públicas”.

As práticas vencedoras serão aceleradas pelo Laboratório Central de Inovações (LabSin) para serem replicadas em outros órgãos.

Para conferir o ranking dos premiados, clique aqui.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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