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BRASIL

Marielle, presente: 5 anos depois é tema do Caminhos da Reportagem

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Rio de Janeiro (RJ), 14/03/2023 - Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, em Mssa de 5 anos por Marielle e Anderson, na igreja Nossa Senhora do Parto, centro da cidade. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 14/03/2023 - Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, em Mssa de 5 anos por Marielle e Anderson, na igreja Nossa Senhora do Parto, centro da cidade. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, destaca o ativismo da filha – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Cinco anos depois, a principal pergunta do crime ainda não foi respondida e ecoa pelo mundo. Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na região central do Rio de Janeiro. No dia seguinte, a população já cobrava por justiça.

“O ativismo dela como mulher, o ativismo dela como coordenadora dos direitos humanos por mais de dez anos já dizia o quanto ela era importante na vida de cada um, passou a ser um ícone da história”, destaca a mãe de Marielle, Marinete da Silva.

Nesta meia década, as investigações progrediram pouco; o avanço mais consistente aconteceu no primeiro ano do crime, quando foram presos Ronnie Lessa, acusado de atirar em Marielle e Anderson, e Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime. Até hoje, eles não foram julgados. Essas questões serão abordadas no programa Caminhos da Reportagem, que a TV Brasil exibe neste domingo (19), às 22h.

Rio de Janeiro (RJ) - CAMINHOS DA REPORTAGEM Rio de Janeiro (RJ) - CAMINHOS DA REPORTAGEM

Deputada estadual Renata Souza questiona o rumo do inquérito – Divulgação

A deputada estadual Renata Souza questiona o rumo do inquérito: “Não só o delegado que os prendeu foi retirado, como toda a equipe. Então, essa mudança drástica revela um problema de interrupção de um ciclo de investigação. A quem interessa isso? É isso que a gente quer saber.”

Nesses 1.825 dias, estiveram à frente das investigações cinco delegados diferentes e passaram pelo caso 11 promotores de Justiça, quatro secretários de polícia, três governadores, um interventor federal, dois procuradores gerais de Justiça e três presidentes da República. Supostas interferências no inquérito fizeram familiares e organizações pedirem a não federalização do caso.

Rio de Janeiro (RJ) - CAMINHOS DA REPORTAGEM Rio de Janeiro (RJ) - CAMINHOS DA REPORTAGEM

Mônica Benício, vereadora pelo PSOL, é viúva de Marielle Franco – Divulgação

Mônica Benício, viúva de Marielle e hoje vereadora, explica o que caracteriza a possibilidade de uma federalização: “Uma inércia nas investigações que sejam confirmadas, que aconteçam de forma deliberada, com o intuito de não elucidar o caso.” Para ela, naquele momento isso não existia: “Passado o tempo começamos a questionar, o tempo está correndo, num assassinato como esse, não respondeu porque não pode, por incompetência, ou não respondeu por que não quer?”

Rio de Janeiro (RJ) - CAMINHOS DA REPORTAGEM Rio de Janeiro (RJ) - CAMINHOS DA REPORTAGEM

Para Jurema Werneck, assassinato de Marielle é um problema não apenas do Brasil – Divulgação

“O assassinato de Marielle é um problema não apenas do Rio de Janeiro, é um problema para o mundo e a gente moveu todas as instâncias, tanto no sistema interamericano quanto nas Nações Unidas. Os países estão acompanhando, os governos dos países estão acompanhando, e as sociedades do mundo estão acompanhando”, aponta a diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck.

Cerca de 100 organizações não governamentais denunciaram o crime no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Jan Jarab, representante regional de Direitos Humanos (ACNUDH/ONU), afirma que a organização segue acompanhando as investigações e que a violência é parte de um contexto político que caracteriza o Brasil dos últimos anos: “São as vereadoras, deputadas estaduais, até federais, negras ou da comunidade LGBT e da diversidade sexual que são ainda mais ameaçadas, até da violência física, de assassinato.”

Mulher, negra, mãe, cria da favela da Maré que se transformou em liderança política. Marielle foi assassinada, mas deixou sementes que desabrocharam. Hoje, diversas herdeiras políticas levam a voz de Marielle à frente. Para a deputada Renata Souza, o principal recado deixado por Marielle é para que a humanidade não se desumanize: “Marielle é presente em todas as lutas contra as desigualdades sociais, em especial contra as desigualdades de gênero, raça e classe.”

Ficha técnica:

Reportagem: Eliane Benício, Maurício de Almeida e Priscila Thereso
Roteiro e edição de texto: Luciana Góes
Edição e finalização de imagem: Eric Gusmão
Produção: Luciana Góes e Priscila Thereso
Apoio produção: Luiz Filipe Lima  e Yuri Griem (estagiários)
Reportagem cinematográfica: Eduardo Guimarães, Eusébio Gomes, Gabriel Penchel, João Victal, Rodolpho Rodrigues e Ronaldo Parra
Auxílio técnico: Adaroan Barros, Felipe Messina e Yuri Freire
Operador de áudio: Ed Guimarães

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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