O número de atos criminosos que atingem o Rio Grande do Norte caiu 74,5% ao longo de cinco dias, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado. Os ataques começaram na terça-feira (14), motivados pela aliança de duas facções criminosas que não aceitaram a transferência de chefes do crime para presídios fora do estado.
Ao todo, 259 ataques foram registrados em cinco dias, sendo 103 deles apenas no primeiro. O total contabiliza os atentados até a sexta-feira (17), já que não houve divulgação da quantidade de crimes praticados no sábado (18).
Até a tarde deste sábado, 106 pessoas já tinham sido presas por envolvimento com a onda de ataques. Entre elas, estão 11 foragidos da Justiça, três adolescentes e dois criminosos que já estavam com tornozeleira eletrônica.
Ao todo, a polícia do estado já apreendeu 31 armas de fogo, 4 simulacros, 87 artefatos explosivos, 23 galões de gasolina, 11 motos, dois veículos, além de dinheiro, drogas, munições e produtos de furtos.
Para tentar reduzir as ordens de ataques, o governo do Rio Grande do Norte transferiu nove presos suspeitos de comandar os atos criminosos para presídios federais. Eles são acusados de comandar crimes como homicídios e tráfico de drogas, além de planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados.
A polícia civil do RN também apontou que comandos seriam dados de presídios localizados em outros estados do Nordeste, como a Paraíba e Bahia. O sistema federal irá isolar os presos em celas individuais com visitas monitoradas e apenas por parlatório.
“Continuaremos incansáveis em tomar as medidas necessárias para restabelecer a paz e a ordem pública em todo o Rio Grande do Norte”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.
Entenda o caso
Desde terça-feira, os ataques no Rio Grande do Norte já atingiram mais de 45 cidades. Carros, casas e prédios públicos foram incendiados, e os criminosos provocaram princípios de rebelião em presídios.
Uma força-tarefa conjunta entre o Ministério da Justiça e o governo do estado descobriu que duas organizações criminosas rivais se aliaram para praticar ataques no Rio Grande do Norte. As facções fizeram uma trégua temporária para causar terror e cometer crimes na região.
Segundo governo federal, os ataques estão sendo realizados por duas facções que se uniram porque não aceitaram a transferência de chefes do Sindicato do Crime – principal organização criminosa do Rio Grande do Norte – para fora do estado, em janeiro deste ano. O governo já se preparava para uma possível retaliação.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem brigado com o Sindicato do Crime para comandar as rotas internacionais de cocaína para a Europa a partir do estado nordestino. A organização, que surgiu em presídios de São Paulo, encontrou uma oportunidade de reivindicar melhorias nas condições dos presídios.
Familiares se reuniram e fecharam rodovias como forma de protesto para que as demandas do PCC fossem atendidas. A governadora Fátima Bezerra relatou que iria pedir uma investigação para saber se os presos estavam recebendo comida estragada e sofrendo torturas.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.