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MATO GROSSO

Robô Ilustris_IA do Judiciário de Mato Grosso automatiza baixa de processos

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Em busca do aperfeiçoamento constante e eficiência na prestação dos serviços à sociedade, o Judiciário de Mato Grosso inova mais uma vez lançando o Illustris_IA, o Robô vai agilizar a baixa de processos que passa a ser automática. Criada pela Coordenadoria Judiciária do Tribunal de Justiça, em parceria com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Laboratório de Inovação, InovaJus-MT, a ferramenta foi lançada nesta quinta-feira (18 de abril), já está em pleno funcionamento e representa uma revolução no andamento processual.
 
“Isso vai impactar positivamente na rotina diária do Judiciário. O robô encaminha processos que já estão com certidões de trânsito em julgado e devolve às unidades de origem os processos que vieram para o Tribunal de Justiça em grau de recurso para que seja dado o cumprimento. Isso gera para nós no segundo grau uma baixa na taxa de congestionamento e o rápido retorno para as pessoas que aguardam na unidade o cumprimento da decisão”, pontuou a juíza auxiliar da Presidência e coordenadora do Laboratório de Inovação do TJMT, Viviane Brito Rebello.
 
Para a coordenadora Judiciária do TJMT, Rose Pincerato, a nova ferramenta vai refletir diretamente no tempo de tramitação dos processos e entrega de um serviço de qualidade ao cidadão. “O robô significa uma mão de obra em cada secretaria, no mínimo. Ao automatizar tarefas rotineiras e demoradas, como a baixa de processos, a carga de trabalho dos profissionais jurídicos lotados nas secretarias será consideravelmente reduzida, e eles poderão se dedicar em outras tarefas mais complexas”, ressaltou.
 
Em 2023, foram baixados 110 mil processos. Um trabalho manual e repetitivo em que os servidores precisam acompanhar todo trâmite, monitorando a tarefa no sistema do Processo Judicial Elettrônico, PJe. Cada baixa demorava em média 5 minutos, ocupando então quase 10 mil horas de trabalho.
 
O diretor de Departamento da Coordenadoria Judiciária, Thales Rubiale, explica que com o robô trabalhando 24 horas por dia, de forma ininterrupta, essa realidade vai mudar. “Agora isso é feito automaticamente, o sistema vai identificando e baixando o processo. Se o robô tivesse trabalhado na baixa desses 110 mil processos, em número de servidores significa que, se eu tivesse quatro servidores exclusivamente designados para esta tarefa, eles demorariam 12 meses para concluí-la. Agora temos uma IA para isso e podemos designar estes servidores para atuarem em tarefas que dependam da cognição humana para que sejam resolvidas, trazendo mais economia, rapidez e eficiência”, concluiu.
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem 1: foto colorida do robô/sistema em funcionamento, dentro do PJe, em que aparece uma página com os processos a serem devolvidos para a instância de origem. Imagem 2: foto da juíza auxiliar da Presidência concedendo entrevista à TVJUS sobre o novo sistema de baixa dos processos. Ele tem pele branca, cabelos curtos e grisalhos e usa uma camisa verde. 
 
Eli Cristina Azevedo
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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