Connect with us

MATO GROSSO

Estudantes de 28 escolas estaduais participam do 11º Encontro Indígena “Memória Viva”

Publicado

em

Cerca de 1,7 mil estudantes de 28 escolas da rede estadual de ensino estão conhecendo novas culturas e costumes durante o 11º Encontro Indígena “Memória Viva: Difusão de Saberes e Tradições”. O evento começou nessa quarta-feira (17.04) e termina nesta sexta-feira (19.04), no Museu de História Natural de Mato Grosso – espaço cultural da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) -,em Cuiabá.

O encontro tem exposição de artesanato indígena, contação de histórias, danças tradicionais, culinária típica e rodas de conversa com lideranças indígenas, além de outras atividades. Além disso, os visitantes podem visitar uma exposição com artefatos e fotografias que mostra um pouco das vivências dos povos originários de Mato Grosso, como os Umutina, Kuikuro, Bóe Boróro, Karajá, Xavante e Manoki.

Para os estudantes, a experiência de participar do encontro foi enriquecedora. 

“Eu nunca tinha tido contato com um indígena. Foi maravilhoso demais. Conheci até um tipo de bebê conforto feito de palha de buriti. São tantas coisas que eu só via na internet e nos livros. Para mim, foi uma grande oportunidade”, destacou Wender Bruno, de 17 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Ponce de Arruda, localizada em Acorizal.

A estudante do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Irmãos do Caminho, em Várzea Grande, Mikaelly Ramos, de 17 anos, contou que passou a ter uma nova percepção sobre os indígenas de Mato Grosso. “Gostei muito das histórias, das danças, cantos, dos cocares coloridos. Foi um evento diferente, de contato direto. É legal isso, pois estamos adquirindo conhecimento e também amizades. É uma forma de inclusão que vale a pena participar”, completou.

Julisse Martins de Campos e diretora da Escola Estadual Dom Francisco de Aquino Correa, localizada no Distrito de Cangas, no município de Poconé, disse que se sente prestigiada em poder trazer os estudantes para vivenciar e conhecer histórias que fazem parte da sociedade, já que a sua escola é uma unidade do campo que trabalha muito com a diversidade cultural.

“Trabalhamos com estudantes quilombolas e, desde o ano de 2022, começamos a trabalhar também com jovens indígenas. É uma experiência muito boa e que terá desdobramentos em sala de aula. Termos materiais riquíssimos para o aprendizado dos estudantes da forma que estamos tendo é um verdadeiro presente à educação”, pontuou.


O evento reuniu indígenas das etnias Umutina, Kuikuro, Bóe Boróro, Karajá, Xavante e Manoki  Foto: Rodrigo Fonseca

Por sua vez, José Mário, da etnia Boe Bororo, da aldeia Meruri, em General Carneiro, também destacou a importância das trocas socioculturais. “É muito interessante porque quando voltamos para a aldeia nos sentimos motivados porque sabemos que as futuras gerações terão conhecimento do que fomos um dia. Nossos valores e riquezas culturais nunca serão perdidos”, expressou.

Para os organizadores, o evento é uma forma de promover a inclusão e a valorização da cultura indígena na sociedade, além de contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos com a diversidade cultural do país.

Segundo a idealizadora do encontro e membro-fundadora do Instituto Ecoss, Suzana Hirooka, está sendo uma oportunidade de manter a união com os povos indígenas. “Nosso objetivo é dissolver o preconceito enraizado contra os indígenas, através do contato direto, vendo, ouvindo e vivenciando a rotina indígena. Além do mais, o evento hoje faz parte da agenda cultural de Mato Grosso e das atividades escolares”, pontuou. 

“Esta participação ativa dos estudantes é uma ação que está em conformidade com a Lei 11.645 de 2008, que trata do ensino de história e cultura afrobrasileiro e indígena na rede pública. Temos aqui estudantes de escolas urbanas, do campo e estudantes indígenas. É gratificante testemunhar essa interação tão importante para ambos os lados”, destacou o coordenador da Política de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), Lucas Oliveira.

Indígenas em MT

Mato Grosso possui mais de 58 mil indígenas vivendo em territórios originários, que corresponde a 77% da população total de indígenas do Estado. Estão distribuídos em 43 etnias, 115 Terras Indígenas.
 
O 11º Encontro Indígena é aberto ao público em geral. É realizado pela equipe do Museu de História Natural de Mato Grosso, via Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss), com parcerias da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Secretaria de Estado de Cultura, esporte e lazer (Secel), Ministério Público Federal (MPF, Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) e Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso.

Fonte: Governo MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora