Quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária são cumpridos neste sábado (18) pela Polícia Federal (PF) em Boa Vista (RR). Os alvos são suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa que recrutaria mulheres e meninas para serem exploradas sexualmente em garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami. Os mandados foram expedidos pela Vara de Crimes contra Vulneráveis da Justiça Estadual de Roraima.
De acordo com a PF, as investigações começaram na última terça-feira (14), quando uma adolescente de 15 anos foi resgatada durante uma abordagem no Rio Mucajaí. Ela estaria sendo vítima de exploração sexual em garimpos da região.
A PF conseguiu identificar, então, pessoas que estariam envolvidas em um esquema de envio de mulheres e meninas para serem exploradas sexualmente em regiões de garimpo.
Através de perfis falsos nas redes sociais, os aliciadores entravam em contato com mulheres e adolescentes, oferecendo oportunidades de trabalho no garimpo nas mais diversas áreas, inclusive a prostituição, com ganhos irreais.
Depois de serem enganadas, as mulheres eram buscadas por um motorista do grupo criminoso e levadas até uma pista clandestina, de onde eram levadas de avião até a área do garimpo.
Chegando no local, em condições de extrema precariedade, as vítimas eram informadas que seriam cobradas em até R$ 10 mil pelo transporte, gerando uma dívida inicial com os criminosos. Além disso, a alimentação e moradia era cobrada, aumentando a dívida e impedindo as mulheres e meninas de deixarem o local.
Na tentativa de quitar a dívida, as vítimas realizavam até 15 programas por noite. Aquelas que se recusassem a se prostituírem eram ameaçadas pelos criminosos.
Segundo as investigações da PF, os principais suspeitos de envolvimento direto com a ação são duas irmãs e o marido de uma delas.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.