As tensões no Oriente Médio atingiram um novo patamar nesta segunda-feira (15) quando as Forças de Defesa de Israel realizaram ataques aéreos contra o Hezbollah, no Líbano, em resposta aos recentes ataques de mísseis e drones enviados pelo Irã.
Segundo informações divulgadas, caças israelenses direcionaram seus ataques para o complexo militar do Hezbollah em Meiss El Jabal e outro em Tavr Haifa. O comunicado oficial foi feito através do aplicativo Telegram, mas não foram fornecidos detalhes sobre eventuais feridos.
A decisão de Israel de retaliar veio após o chefe de gabinete das Forças de Defesa Israelenses, Herzi Halevi, afirmar anteriormente que o país responderia ao ataque iraniano. No entanto, Halevi ressaltou que a intenção era “ferir” o Irã sem desencadear uma guerra na região.
O contexto desse embate remonta ao ataque da embaixada iraniana na Síria pelo governo israelense, que resultou na morte de um comandante. Essa ação desencadeou uma série de hostilidades entre Irã e Israel, dois países historicamente em conflito devido a divergências políticas e ideológicas.
O Irã, por sua vez, não reconhece a existência de Israel e é acusado pelos israelenses de ser antissemita e de financiar grupos terroristas. Com a escalada do conflito em Gaza e a crescente tensão na região, Israel busca formas de responder aos ataques do Irã.
Nesse cenário, o governo israelense busca alianças e ações conjuntas, tendo em vista uma possível ofensiva militar em conjunto com os Estados Unidos. No entanto, o presidente Joe Biden declarou que os EUA não participarão de uma ofensiva direta contra os iranianos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.