O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai se reunir neste domingo (14) a pedido de Israel. Os países que são membros permanentes do conselho são: Estados Unidos, o Reino Unido, França, Rússia e China. As nações irão discutir sobre o ataque iraniano em território israelense no último sábado (13) .
Na noite de sábado (13), o Irã cumpriu a promessa de atacar Israel e iniciou o combate com drone , segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF). Segundo agências de notícias, os drones foram vistos cruzando o céu do Iraque. Estima-se que pelo menos 200 drones foram disparados, e devem demorar minutos e horas para chegar em território israelense.
O ataque do Irã é em retaliação ao bombardeio israelense à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril, quando oito pessoas foram mortas, inclusive três integrantes da Guarda Revolucionária do Irã.
“A presidência italiana do G7 convocou hoje, no início da tarde, uma videoconferência de líderes”, informou o governo italiano, que atualmente preside o grupo, em um breve comunicado.
O G7 é composto por Itália, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Japão.
Otan
A OTAN afirmou que também “condena a escalada do Irã” e “pede contenção” para que “o conflito no Oriente Médio não se torne incontrolável”, segundo um porta-voz da Aliança Atlântica.
“Condenamos a escalada do Irão durante a noite, apelamos à contenção e monitorizamos de perto os desenvolvimentos. É essencial que o conflito no Médio Oriente não saia do controlo”, afirmou o porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Farah Dakhlallah, em comunicado.
Manifestação internacional
O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou “nos termos mais enérgicos possíveis o ataque sem precedentes lançado pelo Irã contra Israel” e pediu “contenção” às nações envolvidas.
A chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, também condenou o ataque e declarou “grande preocupação com uma maior desestabilização da região”.
O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, falou sobre o risco de “conflagração” na região, e que poderia “descambar para o caos”, segundo Annalena Baerbock, chefe da diplomacia alemã.
O governo russo pediu contenção de “todas as partes envolvidas”, após os ataques iranianos contra Israel.
“Apelamos a todas as partes envolvidas para que tenham contenção e para evitar uma escalada perigosa. Contamos com os Estados da região para encontrar uma solução para os problemas existentes, através de meios políticos e diplomáticos”, disse em comunicado, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.