O presidente da Argentina , Javier Milei , se encontrou com o empresário Elon Musk nesta sexta-feira (12), no Texas, nos Estados Unidos. A reunião aconteceu na sede da Tesla , uma das empresas comandadas pelo bilionário – ele também é dono da rede social X, o antigo Twitter.
De acordo com o governo argentino, durante o encontro, Milei e Musk conversaram sobre a importância do desenvolvimento tecnológico para o mundo. Além disso, ambos concordaram em promover, em breve, um grande evento na Argentina para discutir as ideias de liberdade.
Um outro ponto, porém, foi abordado na conversa entre o presidente da Argentina e o empresário. Segundo a assessoria do mandatário argentino, Milei ofereceu apoio a Musk em meio ao embate do bilionário com Alexandre de Moraes e outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) do Brasil.
Até o momento, o govero da Argentina ainda não explicou como seria este apoio. Recentemente, porém, a chanceler de Milei, Diana Mondino, escreveu no X que o país sempre manteria suas embaixadas abertas para “dar refúgio a todos que são perseguidos por compartilhar valores de liberdade”.
Esta foi a primeira reunião entre Milei e Musk. Nas redes sociais, o mandatário argentino repostou uma foto do encontro com a mensagem “o melhor presidente do mundo com o melhor empresário do mundo”.
Embate com o STF
No último sábado (6), Musk iniciou uma série de postagens criticando o STF e o ministro Alexandre de Moraes. Ele usou o espaço para comentários do perfil do próprio Moraes no X para atacá-lo. Em uma mensagem de 11 de janeiro, postada por Moraes para parabenizar o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski por assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Musk questionou: “Por que você exige tanta censura no Brasil?”.
Em outra postagem, ainda no sábado, Musk prometeu “levantar” [desobedecer] todas as restrições judiciais, alegando que Moraes ameaçou prender funcionários do X no Brasil. No domingo (7), Musk acusou Moraes de trair “descarada e repetidamente a Constituição e o povo brasileiro”.
Sustentando que as exigências de Moraes violam a própria legislação brasileira, Musk defendeu que o ministro renuncie ou seja destituído do cargo. Pouco depois, recomendou aos internautas brasileiros usar uma rede privada virtual (VPN, do inglês Virtual Private Network) para acessar todos os recursos da plataforma bloqueados no Brasil.
No próprio domingo, o ministro Alexandre de Moraes determinou a inclusão do empresário entre os investigados do chamado Inquérito das Milícias Digitais (4.874), que apura a atuação criminosa de grupos suspeitos de disseminar notícias falsas em redes sociais para influenciar processos político.
Desde então, Musk disparou outras mensagens ofensivas contra Moraes, que também retrucou. Alguns ministros, como Gilmar Mendes e Luís Barroso, saíram em defesa do companheiro de Corte.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.