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Venezuela suaviza tom sobre Essequibo e fala em paz e boa convivência

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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

Um dia após o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, ter sugerido o uso de “todo o poder nacional e militar da pátria” para anexar Essequibo, território internacionalmente reconhecido como pertencente à Guiana, o governo venezuelano manifestou sua intenção de garantir a paz e a boa convivência internacional.

Essa mudança de postura ocorreu após o presidente da Guiana, Irfaan Ali, compartilhar nas redes sociais um comunicado do governo guianense, no qual afirmava que a anexação de Essequibo representaria “uma violação flagrante dos princípios mais fundamentais do direito internacional”.

Ali também criticou a promulgação, pelo presidente Nicolás Maduro, de uma lei que autoriza a incorporação à Venezuela do território em disputa.

Em resposta às críticas de Ali, a Venezuela rejeitou veementemente as acusações em um comunicado divulgado pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil, nesta quinta-feira (4).

“A República Bolivariana da Venezuela foi, é e continuará a ser uma nação que garante a paz e a boa convivência internacional, e recorrerá a todos os meios disponíveis, no âmbito da diplomacia e do direito internacional, para salvaguardar os interesses soberanos e históricos sobre seu território”, diz o texto, que reforça, porém, a pretensão da Venezuela em prosseguir com a anexação.

A Venezuela sustenta que a chamada Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo, assinada por Maduro na quarta-feira (3), está respaldada pelo direito internacional por meio do Acordo de Genebra de 1966.

Este acordo, assinado entre o Reino Unido e a Venezuela, reconhece a reivindicação venezuelana sobre a região conhecida como “Guiana Essequiba”.

Por outro lado, Irfaan Ali argumenta que a promulgação da lei contradiz a Declaração Conjunta de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela, pactuada em dezembro de 2023 em São Vicente e Granadinas.

“Este ato ilegal põe em dúvida o dever da Venezuela de respeitar os princípios dessa Declaração”, disse Ali.

Além disso, o comunicado do governo venezuelano denuncia a presença da multinacional de petróleo e gás ExxonMobil em Essequibo como uma “manobra perigosa” apoiada pelos Estados Unidos. A Venezuela acusa o governo americano de se apropriar ilegalmente dos recursos energéticos administrados de forma ilegal no território reivindicado pela Venezuela.

A Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo, promulgada por Nicolás Maduro na quarta-feira (3), estabelece uma região venezuelana dentro do território internacionalmente reconhecido como parte da Guiana.

O texto, composto por 39 artigos, regula a criação da “Guiana Essequiba”, como é denominado o território pelos venezuelanos.

O artigo 25 da lei proíbe que apoiadores do governo da Guiana ocupem cargos públicos ou eletivos, o que visa a proteger a Venezuela contra críticos do projeto de anexação.

A discussão sobre a criação da lei teve início oficialmente em dezembro de 2023, na Assembleia Nacional venezuelana, que propôs a instituição de uma província venezuelana em Essequibo.

Também em dezembro, o governo venezuelano conduziu um referendo no qual supostamente 95% dos eleitores presentes teriam votado a favor da incorporação do território guianense à Venezuela.

O aval do referendo abriria caminho para a Venezuela explorar os recursos petrolíferos da área. Autoridades eleitorais venezuelanas afirmaram que mais de 10 milhões de venezuelanos participaram do referendo.

“Depois que o povo se manifestou constitucionalmente em 3 de dezembro, a Assembleia Nacional fez o que tinha que fazer, ampliou o apelo à consulta sobre a Lei Orgânica de Defesa da Guiana Esequiba”, disse Maduro em publicação na plataforma X nesta quarta-feira.

“Com o poder que a constituição me confere, a decisão tomada pelos venezuelanos no referendo consultivo será cumprida em todas as suas partes e, com esta Lei, continuaremos a defesa da Venezuela nos palcos internacionais.”

A Guiana afirma que suas fronteiras são invioláveis e que defenderá sua soberania de forma intransigente.

Os Estados Unidos, por sua vez, expressaram apoio à posição da Guiana. Em dezembro, o Secretário de Estado Antony Blinken afirmou que Washington continua a exortar as partes envolvidas a buscar uma “solução pacífica”.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil observa com cautela a decisão do presidente Nicolás Maduro de promulgar uma lei para anexar o território de Essequibo à Venezuela.

Essequibo compreende dois terços do território da Guiana, portanto, uma anexação pela Venezuela representaria uma ameaça à integridade territorial do país guianense.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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