O chef espanhol José Andrés, fundador da ONG que foi alvo de um ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza , rebateu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ao dizer que a ofensiva “não foi apenas um erro infeliz”.
Sete funcionários da World Central Kitchen (WCK) foram assassinados em um bombardeio promovido pelas forças israelenses na última terça-feira (2).
As vítimas foram três cidadãos britânicos, um palestino, uma australiana, um polonês e um canadense-americano.
O premiê do país prometeu uma investigação sobre a ofensiva, mas minimizou o assunto ao dizer que “isso acontece na guerra”. O político ainda defendeu que as forças do país “atingiram sem intenção pessoas inocentes”.
“Os ataques aéreos ao nosso comboio não foram apenas um erro infeliz que aconteceu no nevoeiro do conflito: é um ataque direto a veículos claramente marcados, cujos movimentos eram conhecidos pelas forças israelenses. A comida não é uma arma de guerra, eles devem parar de matar civis e trabalhadores humanitários e iniciarem a longa jornada rumo a paz”, afirmou Andrés em entrevista à mídia de Israel.
De acordo com estimativas, até o fim de março, a WCK forneceu mais de 40 milhões de refeições na Faixa de Gaza, além de ter distribuído alimentos lançados de paraquedas por países estrangeiros ou transportados por mar pela ONG Open Arms. Em contrapartida, a entidade foi forçada a suspender suas atividades no enclave depois do mortal ataque.
“Nas piores condições, depois do pior ataque terrorista da sua história, chegou a hora de aparecer o melhor de Israel: deveria abrir rotas terrestres para a introdução de alimentos e medicamentos. Conhecemos os israelenses, no fundo eles sabem que a comida não é uma arma de guerra. Israel é melhor do que a forma como esta guerra vem sendo travada. É melhor do que negar comida e medicamentos aos civis”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.