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Agronegócio

Ipea diz que agronegócio brasileiro é líder em produtividade sustentável

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Um estudo divulgado na última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que o Brasil se destaca como líder em produtividade sustentável no agronegócio entre 10 países analisados.

Segundo a pesquisa intitulada “Sustentabilidade produtiva e efeito poupa-florestas na agricultura: um comparativo internacional”, o país tem alcançado êxito em aumentar sua produção agropecuária enquanto preserva o meio ambiente, graças ao uso de tecnologias inovadoras.

Ao analisar indicadores como a Produtividade Total dos Fatores (PTF), que inclui as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e o efeito de poupança florestal (EPF), o estudo constatou que o Brasil lidera os números sustentáveis entre as principais economias agroexportadoras do mundo. A pesquisa comparou países como Estados Unidos, Holanda, Alemanha, França, Espanha, China, Itália, Canadá e Bélgica.

José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, destaca que o uso de novas tecnologias tem possibilitado o aumento da produção agropecuária no Brasil sem a necessidade de expandir as áreas cultivadas, o que contribui para evitar o desmatamento, um fenômeno conhecido como efeito poupa-florestas.

O estudo revela que, entre 1990 e 2020, o Brasil poupou cerca de 43,2% de seu território graças ao uso de tecnologias na produção agropecuária, um resultado superior aos demais países analisados. Esse desempenho evidencia a eficácia das políticas tecnológicas adotadas no país, que não apenas promovem a segurança alimentar, mas também contribuem para o desenvolvimento econômico e a redução da pressão sobre o desmatamento.

Além disso, o Brasil lidera o crescimento da produtividade total dos fatores (PTF) por emissões totais e no setor agropecuário. De 1990 a 2018, a PTF brasileira por emissões totais registrou o maior aumento, com 3,7%, enquanto de 2010 a 2018, esse crescimento foi ainda mais expressivo, alcançando aproximadamente 7,4%.

A pesquisa ressalta a importância do setor agropecuário na mitigação das emissões de CO2, destacando que políticas tecnológicas bem-sucedidas devem visar o aumento da produção por unidade de insumo. Além disso, o Brasil se destaca por preservar 60% de seu território com áreas de florestas nativas e plantadas, uma proporção significativamente superior à média dos demais países analisados.

Os resultados do estudo destacam o papel crucial do uso tecnológico no campo para o crescimento econômico e o avanço sustentável do setor agropecuário brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Entidade pede urgência na aprovação de projetos que protejam pequenos produtores de bioinsumos

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou, nesta quinta-feira (31.10), uma nota reforçando a importância do uso de bioinsumos no Brasil e alertando para a necessidade urgente de regulamentação do setor.

O país, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, já é líder mundial no uso de defensivos biológicos, com mais de 23 milhões de hectares tratados em 2023.

De acordo com a FPA, mais de 60% dos agricultores brasileiros utilizam biopesticidas e biofertilizantes, número superior aos 33% de adoção observados na Europa.

Para a FPA, a aprovação dos Projetos de Lei 658/2021 e 3668/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados, é essencial para garantir a continuidade da produção de bioinsumos no país.

A entidade destaca que o Decreto nº 6.913/2009 permite a produção própria de bioinsumos sem registro até dezembro de 2023, mas, caso não seja aprovada uma nova legislação ou o veto presidencial n. 65 da Lei do Autocontrole seja derrubado, a partir de janeiro de 2025 essa prática será considerada ilegal. Isso afetaria especialmente os pequenos agricultores e produtores orgânicos, que poderiam enfrentar penalidades severas, incluindo prisão e multa.

Segundo o deputado Sérgio Souza, membro da FPA, um substitutivo está sendo elaborado com base em debates com mais de 50 entidades do setor, incluindo órgãos do governo, visando garantir que pequenos produtores possam continuar a produzir bioinsumos em suas propriedades sem riscos legais.

Souza argumenta que a regulamentação dessa prática é fundamental não só para proteger os pequenos produtores, mas também para reduzir os custos de produção e, consequentemente, o valor dos alimentos para o consumidor final, proporcionando qualidade e rentabilidade.

Abaixo, a nota da Frente Parlamentar da Agropecuária na íntegra:

Nota da Frente Parlamentar da Agropecuária

O Brasil é líder mundial no uso de defensivos biológicos, com mais de 23 milhões de hectares tratados em 2023, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. Mais de 60% dos agricultores brasileiros adotam biopesticidas e biofertilizantes, contra os 33% na Europa. Desta forma, é urgente a votação dos Projetos de Lei 658/2021 e 3668/2021, em análise na Câmara dos Deputados.

Importante ressaltar que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) trabalha para resolver um conflito de legislação promovido pelo governo federal que, por meio do Decreto nº 6.913/2009, só permite a produção própria de bioinsumos sem registro até dezembro de 2023, ou seja, sem uma nova Lei de bioinsumos ou a derrubada do veto presidencial n. 65 da Lei do Autocontrole, a partir de janeiro de 2025, a produção própria de bioinsumos será ilegal, abarcando grande parte da produção de pequenos agricultores e orgânicos, sujeito a prisão de 3 a 9 anos e multa.

No sentido de garantir a produção em biofábricas nas propriedades, sem colocar os pequenos produtores na irregularidade, especialmente de orgânicos, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR), integrante da FPA, está trabalhando em uma minuta de substitutivo elaborada a partir do debate com mais de 50 entidades do setor, ouvindo também os órgãos do governo.

Com a medida, os custos podem ser reduzidos em até dez vezes em relação aos atuais, impactando também o valor dos alimentos para o consumidor, com mais qualidade e aumento da rentabilidade para os pequenos. Assim, ressaltamos que regulamentar essa prática é essencial para garantir a segurança, a qualidade e a autonomia dos pequenos produtores brasileiros.

Frente Parlamentar da Agropecuária

Fonte: Pensar Agro

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