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BRASIL

Evento itinerante Bienal Black Brazil Art ocupa espaços no Rio

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O Rio de Janeiro recebe, no próximo dia 27, a 3ª Bienal Black Brazil Art, exposição itinerante gratuita que nasceu no sul do país e agora chega à capital fluminense, reunindo artistas emergentes. “É uma bienal para homens e mulheres, negros e brancos. Não é só de mulheres negras, embora o nosso acervo maior seja de mulheres”, afirmou à Agência Brasil a idealizadora da bienal e uma das curadoras dessa edição, Patricia Brito.

A abertura da Bienal Black será no dia 27, às 19h, no Teatro Gonzaguinha, região central da cidade. O evento compreende um circuito de exposições. “A gente mapeou espaços e equipamentos culturais municipais na cidade do Rio e, por fim, fomos convidados também para um equipamento público em Niterói, região metropolitana do Rio. A Bienal chega no Rio de Janeiro para fazer uma ocupação em alguns espaços públicos”

As atividades se dividem entre o Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Centro de Artes Calouste Gulbenkian, Centro Cultural dos Correios, Cidade das Artes, Espaço Cultural Correios e Museu da História e da Cultura Afro-brasileira (Muhcab). Tem atrações programadas para ocorrer também no Museu do Samba e Museu da Maré. Durante a abertura, haverá divulgação dos artistas premiados e apresentação de trabalhos artísticos de pré-estreia.

As exposições reúnem mais de 270 trabalhos de 225 artistas de todo o país e do exterior, divididos nos espaços da cidade e com programação virtual. O evento se estenderá até 16 de junho e inclui programação extensa, que pode ser conferida no site bienalblack.com.br. Cada espaço cultural tem datas de abertura para visitação e encerramento diferentes.

Eixos temáticos

Cada espaço expositivo tem um eixo temático, que é norteador do diálogo, expôs Patricia. “Cada pessoa que entrar nesse local expositivo vai tomar conhecimento, através de um texto explicativo, de qual é a temática. No Centro Hélio Oiticica, por exemplo, o eixo expositivo é linhas insurgentes. Todos os trabalhos selecionados para o local têm a ver com a narrativa da insurgência, da resistência. Então, cada espaço tem o seu eixo artístico”. Haverá também atividades diurnas, com performances, apresentações musicais. Uma delas será no dia 27, na sala de projeções do Centro Cultural Correios, quando haverá a primeira conversa com artistas às 15h, também com entrada franca.

Patricia Brito reiterou que a ideia da Bienal Black é ocupar os espaços públicos e provocar a discussão entre que tipo de obra e de artista esses espaços selecionam para mostrar à população. “Como eu trago no recorte curatorial e de trabalho a questão do gênero e da raça, a discussão que eu trago para dialogar com os artistas negros e não negros é a ocupação por gênero e por raça. A grosso modo, se a gente vai a um museu ou galeria, a gente está vendo um perfil exclusivo do artista colonial dominando essa cena artística. O papel da Bienal é mostrar outra realidade, uma produção que tem no Brasil, que não é feita só pelos colonizadores, mas pelos colonizados também. Essa é uma das razões da itinerância do evento”.

Pelo fato de ser itinerante, a Bienal Black começou no Rio Grande do Sul, percorreu todas as capitais do Sul do país, foi para o universo digital durante a pandemia da covid-19 e, este ano, os organizadores resolveram assumir o protagonismo na cidade do Rio de Janeiro. A escolha se baseou, principalmente, pela temática trazida de fluxo e contrafluxo de pessoas, que é muito forte na capital fluminense, através da imigração de nortistas e nordestinos, e trazendo também a discussão sobre os problemas representativos, identitários e raciais. Ter o Rio de Janeiro como sede desta edição reforça ainda a importância da cidade como um polo de difusão cultural e artística. A atração deste ano foi construída a partir de cinco eixos expositivos: Linhas Insurgentes, Redes de Transmissão, Práticas Geradoras, (RE)imaginando o Cubo Preto e Memórias (trans)locadas, gerando respostas artísticas que variam desde relatos pessoais até meditações poéticas.

Curadores

A terceira edição da Bienal Black Brazil Art contou com a colaboração de quatro curadores convidados: Claudia Mandel Katz (Costa Rica), Edwin Velasquez (Porto Rico), Julio Pereyra (Uruguay) e Vinicius (Alemanha). Segundo explicou Patricia Brito, o pensamento foi estabelecer um ambiente propício para exploração e reflexão sobre migração, desigualdades sistêmicas de gênero, narrativas transculturais e identidades em fluxos.

“Todos desenvolvem trabalhos em seus países identificados com as premissas do Instituto Black Brazil Art, “que é a valorização da cultura afro, no sentido afrodiaspórica, afrocaribenha, afrolatino-americana. Mesmo o Uruguai, que tem um recorte racial muito pequeno, a gente traz porque existe toda uma cultura negra no país”, esclareceu Patricia. Há também intenção de discutir produção artística do Sul Global e criar referências próprias da região e não referências europeias.

A 3ª Bienal Black tem organização e produção do Instituto Black Brazil Art e financiamento por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O patrocínio é do Grupo Carrefour Brasil, com apoio da prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal da Cultura.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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