Nate Evans, porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas, declarou na quinta-feira que a resolução é resultado de “muitas rodadas de consultas” com os 15 membros do Conselho de Segurança.
Para uma resolução ser aprovada no Conselho de Segurança da ONU, é preciso que ao menos nove países votem a favor e não haja nenhum veto dos que têm direito à negativa, como os EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia e China.
Segundo a agência de notícias Reuters, o texto pede um “cessar-fogo imediato e sustentado”, que deve durar até seis semanas, com inclusão de proteção aos civis para entrega de ajuda humanitária.
A resolução ainda apoia as negociações mediadas pelos EUA, Egito e Catar sobre um cessar-fogo e acentua que a trégua deve intensificar os esforços para uma “paz duradoura”.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken ressaltou que apoia Israel e seu direito de contra-ofensiva.
“Esperamos sinceramente que os países apoiem isso. Penso que isso enviaria uma mensagem forte, um sinal forte. Mas, claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender”, disse Blinken.
No começo de março, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que a abordagem do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , em Gaza, pode arruinar a imagem do país, dizendo que “ele está prejudicando Israel mais do que ajudando” . Além disso, o líder norte-americano pediu um cessar-fogo imediato.
O conflito entre Israel e Hamas, que vai completar seis meses em abril, já deixou mais de 32 mil mortos do lado da Palestina e 1.200 mortos do lado israelense. Ainda, mais de 70% do território de Gaza já foi destruído por causa da guerra.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.