O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) alerta a população sobre a necessidade de adotar medidas de precaução ao lidar com insetos agressivos, como abelhas, marimbondos e vespas.
Em 2023, o CBMMT registrou um total de 1.287 ocorrências relacionadas a esses insetos em todo o Estado, evidenciando a importância de estar ciente das medidas apropriadas a serem tomadas em caso de encontro com esses animais.
Em primeiro lugar, é essencial evitar movimentos bruscos ao se deparar com insetos agressivos. Gestos agitados podem ser interpretados como uma ameaça, desencadeando reações defensivas por parte desses insetos.
Ao trabalhar em áreas propensas a encontrar insetos agressivos, como jardins ou áreas rurais, é recomendado usar roupas protetoras. Utilize calças compridas, mangas longas, luvas e sapatos fechados para minimizar o risco de picadas. Essas medidas simples podem oferecer uma camada adicional de proteção.
Outra precaução importante é manter alimentos e bebidas cobertos quando se está em ambientes abertos. Os insetos são atraídos pelo cheiro e podem se tornar uma presença indesejada durante as refeições ao ar livre.
Educar as crianças sobre os insetos agressivos também é um papel fundamental na prevenção a picadas. É importante que as crianças sejam ensinadas a reconhecer esses bichos, a manter a calma diante de um encontro e a relatar imediatamente a presença deles a um adulto responsável. A conscientização é a chave para evitar situações perigosas.
Caso encontre um ninho em sua propriedade, é recomendável buscar a ajuda de profissionais especializados, como bombeiros ou controladores de pragas. Esses especialistas possuem o treinamento e os equipamentos adequados para avaliar a situação, determinar o melhor curso de ação e realizar a remoção ou controle dos insetos de forma segura. Esses insetos podem se tornar altamente agressivos, uma vez que estão protegendo seu território e sua prole.
Como agir em caso de picadas
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), o quadro de intoxicação por picada de inseto varia pela quantidade de veneno aplicado e sensibilidade em relação à reação alérgica ao veneno. No caso de poucas picadas, o quadro clínico pode variar de uma inflamação local até uma forte reação alérgica (choque anafilático). Em situações de múltiplas picadas, pode ocorrer uma manifestação tóxica mais grave e, às vezes, fatal. Por isso é importante o tratamento adequado.
No caso das manifestações tóxicas ocasionadas por uma ou poucas picadas, recomenda-se lavar a área delicadamente com água e sabão, fazer a retirada dos ferrões e a utilização de compressas frias. Se necessário, pode-se fazer o uso de analgésicos para o alívio da dor, com base em recomendação médica.
Se a pessoa for alérgica a picadas de insetos e apresentar reação grave, como dificuldade para respirar, inchaço na garganta ou tontura, é recomendado procurar atendimento médico imediatamente.
Prevenção em casa
Impedir a entrada de insetos agressivos, como abelhas, marimbondos e vespas em casa é essencial para manter um ambiente seguro e livre dessas ameaças. Uma medida eficaz é assegurar que portas e janelas estejam bem vedadas. Telas de proteção são opções eficientes para impedir a passagem de insetos indesejados.
Também é recomendado verificar regularmente possíveis pontos de entrada, como rachaduras nas paredes ou frestas em torno das janelas, e realizar os reparos necessários.
Manter a limpeza e a organização do ambiente também é importante, pois os insetos são atraídos por restos de comida ou lixo. É aconselhável armazenar corretamente os alimentos em recipientes selados e manter a área externa da casa livre de resíduos.
Evitar o acúmulo de água parada também é importante para combater a proliferação de insetos, como mosquitos que podem transmitir diversas doenças como dengue, zika, e chikungunya. Em Campo Verde, o CBMMT foi acionado para realizar a remoção de enxame de marimbondos em uma escola
Retirada segura
Em caso de presença de enxames de abelhas, marimbondos, vespas ou outro inseto agressivo, é recomendado acionar o Corpo de Bombeiros através do número de emergência 193, para solicitar assistência profissional.
Em situações em que o risco é iminente, pode ser necessário adotar medidas apropriadas para lidar com os insetos. Além disso, em casos específicos envolvendo enxames de abelhas, o apoio de apicultores especializados pode ser solicitado.
Não é recomendado tentar lidar com enxames de insetos agressivos por conta própria, pois pode resultar em acidentes graves. O acionamento dos profissionais, como o Corpo de Bombeiros, é a forma correta de garantir a intervenção adequada nessas ocorrências, evitando riscos desnecessários.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.