O MT Hemocentro celebrou, na manhã desta sexta-feira (15.03), 30 anos de serviços prestados à população de Mato Grosso, com a presença de doadores, funcionários, parceiros e representantes da unidade. Desde a sua fundação, o MT Hemocentro já realizou mais de 370 mil atendimentos, beneficiando pacientes em tratamento em todo o estado.
Para possibilitar todos os atendimentos, o Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 9,1 milhões na modernização do parque tecnológico da unidade especializada, melhorando a infraestrutura, tecnologia e equipamentos, com o objetivo de proporcionar mais qualidade no tratamento dos pacientes.
Para a fisioterapeuta Rosilene Silva Andrade, que é doadora há mais de sete anos, o ato de doar sangue deve ser incentivado por todas as pessoas. “Acho extremamente importante doar, principalmente por ser uma atuante da área da saúde e ver que existe uma carência muito grande nas doações. Contribuir dessa forma e poder salvar a vida de uma pessoa é algo que preenche meu coração de amor e me faz uma pessoa realizada”, afirmou.
Já para Emerson Rodrigues Coimbra, doador há mais de quatro anos, a iniciativa é uma forma de ajudar ao próximo e demonstrar empatia.
“Eu decidi que precisava fazer alguma coisa, encontrar uma maneira de ajudar o próximo. Foi então que eu tomei coragem, perdi a resistência que eu tinha e iniciei a jornada de doador”, disse sorrindo sobre o medo às agulhas.
Julia Micaelen, de 17 anos, realizou sua primeira doação na manhã desta sexta-feira, durante a comemoração. A jovem destacou a importância das doações e disse que vai incentivar o ato, para que seja possível aumentar essa corrente pela vida.
A diretora geral do MT Hemocentro, Gian Carla Zanela, reforçou a importância da data, que representa a dedicação e o empenho da unidade em prestar um bom atendimento aos doadores e pacientes.
‘’O MT Hemocentro é referência no Estado para o tratamento de doenças do sangue, podendo salvar até quatro vidas com uma única doação, através dos componentes do sangue que abrangem diversas especialidades. Sendo assim, todas as pessoas que tiverem entre 16 e 69 anos, com mais de 51 quilos e bem de saúde, são ótimas candidatas a contribuir com a unidade doando sangue”, destacou.
Durante a celebração, a unidade realizou diversas homenagens aos servidores e doadores, além de apresentações das bandas do Corpo Musical da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do cantor Edmilson Maciel, da Banda Terra.
MT Hemocentro
Para continuar atendendo a população com qualidade, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), investe cerca de R$ 29 milhões na construção de uma nova sede para o banco de sangue e para o Centro de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac).
A hemorrede em Mato Grosso também conta com 14 Unidades de Coleta e Transfusão (UCTs), que estão localizadas nos municípios de Água Boa, Alta Floresta, Barra do Bugres, Barra do Garças, Cáceres, Colíder, Juara, Juína, Porto Alegre do Norte, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Tangará da Serra.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.