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MATO GROSSO

Palestra de Nelma Penteado traz mensagem de empoderamento feminino e igualdade de condições

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Nessa quinta-feira (15 de março), o Espaço Justiça, Cultura e Arte Desembargador Gervásio Leite foi palco para um momento de celebração, reflexão e confraternização em um evento especialmente desenhado para celebrar o Mês da Mulher. A escritora, palestrante e empresária Nelma Penteado foi a responsável por conduzir a palestra ‘Igualdade de Gênero e o Empoderamento Feminino – Resolução n. 492/2023’, que ressaltou a necessidade do amadurecimento da sociedade com relação à igualdade de condições e direitos entre homens e mulheres.
 
Segundo ela, apesar de já existir a visão acerca da necessidade de que homens e mulheres sejam tratados com igualdade, na prática isso não acontece. “Hoje eu vou trazer uma luz sobre essa questão, abordando também o Objetivo de Desenvolvido Sustentável n. 5 da Organização das Nações Unidas, que prevê que até 2030 as mulheres e meninas do mundo sejam realmente empoderadas. É uma luta de formiguinha, mas me arrepia pensar que a gente está dando o primeiro passo para que um dia exista a igualdade realmente, independente de gênero, cor, raça, status social, e que todas as pessoas tenham acesso à justiça, à saúde, à cultura. É o que a gente quer, é esse mundo que a gente quer”, asseverou.
 
Conforme Nelma Penteado, ser uma mulher empoderada significa ter paz. “É você ter paz com seu corpo, ter paz com a família com quem você vive, ter paz enquanto mulher. Porque a mulher é criada para ‘não faz isso, não faz aquilo’. É o que o marido quer, é o que o filho quer. A mulher às vezes reluta em dar a voz, em ter a voz. Eu brinco que às vezes a mulher não escolhe nem a pizza. E esse não ter voz não é nem num palanque político. É dentro da sua esfera do lar, dentro da esfera do seu relacionamento, é você com você mesmo. São os seus medos”, explicou.
 
Ah, ‘eu sou velha demais’, ‘eu sou alta demais’, ‘eu sou magra demais’, ‘eu sou gorda demais’. Esses pensamentos são todos incutidos na sociedade pela ideologia de gênero. ‘Homem não chora’, ‘mulher pode trabalhar e ganhar menos’. Então, a gente aprendeu tantas coisas e a ideia é desconstruir um pouco rumo a uma sociedade mais justa, tanto para homens como para mulheres. A gente quer uma sociedade onde, apesar de você ser diferente, você tenha as mesmas oportunidades”, complementou a palestrante.
 
Para a responsável pelo evento, a diretora-geral da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, é preciso promover essa conversa, a fim de integrar as mulheres a esse pensamento de que todos somos seres humanos, antes de mais nada, e temos que ser tratados de maneira igualitária.
 
“Nós precisamos ter nossos direitos humanos respeitados. Não só a violência física, como violência psicológica, econômica, tudo. Não é só marido ou mulher, não, é namorado, é noivo, é amigo, é irmão, é pai com filha, é no ambiente de trabalho. Temos que ter respeito. Então, toda hora nós temos que estar lembrando que o nosso comportamento precisa mudar. Se nós tínhamos uma determinada cultura, essa cultura não tem mais vez neste momento.”
 
A magistrada também enfatizou a importância da Resolução 492/2023 do CNJ, que estabelece as diretrizes para a adoção de Perspectiva de Gênero nos julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário. “As mulheres precisam efetivamente conhecer os seus direitos. Nós não queremos nada demais, nós queremos ter vida! E o que é ter vida? É viver com dignidade, e a dignidade começa pelo respeito.”
 
Já a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, parceira no evento pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Cemulher) do Judiciário mato-grossense, destacou o relevante papel de mulheres em cargos diretivos do Tribunal de Justiça, a exemplo do que ocorre hoje, com duas mulheres nos principais cargos (presidente e vice-presidente).
 
“Isso nós não aprendemos com os outros, nós tiramos de nós mesmos. Tudo que nós sonhamos, nós realizamos. Por que realizamos? Porque confiamos em nós mesmos. Não é ninguém a me empurrar. Eu confiei em mim mesma, eu sou capaz. Comecei desde pequena lá na escola, mas eu sou capaz de chegar aonde eu quero. E não foi ninguém que me empurrou, foi a minha determinação como pessoa, como ser humano, além de ser mulher”, afirmou.
 
“Eu sou pobre, eu não sou de família rica, mas eu acreditava que um dia eu chegaria aonde eu quis chegar. Eu estou com 73 anos, vou completar 74 e vou aposentar o ano que vem como presidente do Tribunal Regional Eleitoral. E isso, para mim, para minha família, é um orgulho (…). Eu vejo essas servidoras nossas aqui lutando, tem família, tem filhos, mas elas acreditam naquilo que elas têm para proporcionar a outra pessoa. E a partir do momento que você começa a demonstrar quem realmente você é, ninguém consegue atrapalhar você a chegar aonde quer.”
 
Também presente ao evento, a vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maira Erotides Kneip, destacou a importância de julgar dentro da perspectiva de gênero, “protegendo, nas suas decisões, nos seus julgamentos, em todas as suas ações, os direitos fundamentais de mulheres e meninas, servidoras, magistradas, vítimas e pessoas que nos atendem. Mulheres que têm direitos fundamentais que
 
obrigatoriamente precisam ser preservados. Nós não podemos admitir violações, principalmente de direitos fundamentais de meninas.”
 
Ela parabenizou a desembargadora Helena Maria e a equipe da Esmagis-MT pela iniciativa. “Estão de parabéns. Uma palestra muito leve, muito boa de assimilar, com todo o material pedagógico, com vídeos, com exemplos, uma aula com metodologia ativa. Parabéns à nossa escola e à desembargadora Helena Maria e sua equipe”, elogiou.
 
O juiz Fernando Kenji Ishikawa, da Primeira Vara de Mirassol D’Oeste, enalteceu o tema abordado na palestra. “Vemos no dia a dia notícias tristes. A cada cinco ou dez minutos morre uma mulher vítima de feminicídio, fora as agressões vivenciadas. Então, esse é o espaço, é o momento de empoderamento, de conquista de espaços, de mudança desse discurso”, disse.
 
“Temos hoje uma presidente ocupando o maior cargo do Tribunal de Justiça, uma mulher na Vice-presidência também, o que já demonstra, por si só, o alcance dessas transformações. E não podemos parar por aí. As mulheres precisam conquistar cada vez mais espaços. A gente vê a mudança nos fóruns, nos locais de trabalho, no serviço público, no ambiente privado. As mulheres cada vez mais conquistando espaços, não obstante a dupla ou tripla jornada a que se submetem”, observou.
 
Lígia Saito 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Escola da rede estadual cria projeto de recuperação de nascentes em Nova Monte Verde

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A comunidade da Escola Estadual Professora Neide Enara Sima, em Nova Monte Verde (a 944 km de Cuiabá), criou o projeto “Adote uma Nascente – Águas do Futuro” para recuperação das fontes de água de rios e córregos do município.

Criado neste ano, o projeto surgiu de forma interdisciplinar nas matérias eletivas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza com o objetivo de identificar e caracterizar as principais fontes causadoras de impactos ambientais nas nascentes urbanas e rurais do município, em um raio de 10 quilômetros ao redor da escola.

“A escola foi além da identificação das áreas degradadas e da criação de um banco de dados. Com o envolvimento de 60 alunos do ensino fundamental e médio, iniciamos a recuperação da vegetação ciliar em 100% das áreas aderentes ao projeto e já temos mais de 100 mudas de árvores plantadas crescendo de forma vistosa. Ano que vem vamos dobrar essa quantidade”, explicou a coordenadora do projeto, professora Patrícia Inácio Passos.

A professora comentou também que a promoção da consciência ambiental, iniciada por 60 estudantes do projeto, agora atinge os demais 488 alunos da escola. “Nosso objetivo para 2025 é engajar 100% das turmas do ensino médio, além de estender o projeto às salas anexas que ficam fora do perímetro urbano”, completou.

Para iniciar a recuperação ambiental das fontes de água, o projeto baseou-se nas orientações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e no apoio da gestão escolar, da coordenação pedagógica e dos demais professores.

“Me sinto em uma experiência diferente vendo na prática que estamos ajudando a natureza a se recuperar. Estamos deixando um impacto positivo e um bom exemplo. Demonstramos que pequenas atitudes, como a de plantar uma muda de árvore, podem ajudar o meio ambiente a se equilibrar”, disse a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 17 anos.

Já a aluna Lorena Colnaghi Bazani, de 18 anos, avaliou que o projeto a fez “entender melhor como a preservação das nascentes afeta tudo ao nosso redor”.

“Participar do projeto foi uma experiência transformadora. Senti-me privilegiada em fazer parte de uma iniciativa tão importante para o futuro da nossa cidade e do planeta. Plantar cada árvore foi um ato de esperança e um compromisso com a sustentabilidade”, comentou também a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 18 anos.

De acordo com o diretor da escola, professor Valdinei de Oliveira Prado, as iniciativas têm sua importância por promover o protagonismo juvenil na resolução de problemas do meio ambiente, principalmente no contexto da degradação ambiental de nascentes.

“Estamos realizando uma aprendizagem diferenciada que vai estimular as potencialidades dos nossos jovens e crianças, além de contribuir no contexto socioambiental em que vivem”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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