As eleições presidenciais na Rússia começaram nesta sexta-feira (15) com Vladimir Putin praticamente garantido para ficar no cargo até 2030. O mandatário está no poder há 24 anos.
A votação começou às 8h na península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, e vai terminar no domingo (17) às 20h locais de Kaliningrado, que fica entre Polônia e Lituânia.
O pleito acontece também nos territórios ocupados na Ucrânia e na Transnístria, localizada na região separatista pró-russa da Moldávia.
Putin pediu aos compatriotas para não se “desviarem do caminho” e a demonstrarem nas eleições que não há outro político com uma posição “patriótica” para “confirmar nossa unidade e determinação de seguir em frente”. Sem opositores, o atual presidente deve ficar no governo da Rússia pelo menos até 2030.
De acordo com a mídia russa, há apenas candidaturas ”amigáveis”, como a de Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista, Leonid Slutsky, do nacionalista Partido Liberal Democrata, e Vladislav Davankov, do Novo Partido Popular. Segundo a agência Reuters, Kharitonov e Davankov devem receber entre 4% e 5%, respectivamente, do total de votos.
O principal adversário do Kremlin, Alexei Navalny, que concorreria com Putin, morreu de repente na prisão. Ele cumpria uma pena de 19 anos por extremismo. Os detalhes da causa da morte não foram divulgados.
Nas últimas eleições, em 2018, Putin venceu o primeiro-turno com 77,7%. O pleito teve participação de 67,54% dos eleitores, que relataram violações generalizadas e votações forçadas.
A Constituição russa permite que Putin seja reeleito mais duas vezes, podendo, assim, permanecer no cargo até 2036.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.