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Agronegócio

Sistema desenvolvido pela Embrapa possibilita antecipar o plantio e a colheita da safrinha

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Um sistema desenvolvido pela Embrapa possibilita a antecipação do plantio e da colheita da segunda safra em até 20 dias, reduzindo os riscos associados ao clima. Conhecido como Antecipe, o método é particularmente benéfico para o Centro-oeste, onde os produtores enfrentam um curto intervalo para semear a segunda safra de milho.

A técnica permite a semeadura do milho até 20 dias antes do habitual, minimizando os efeitos climáticos adversos. Isso viabiliza o plantio da segunda safra em áreas onde não era comumente praticado.

Desenvolvido ao longo de 13 anos pela Embrapa, o sistema Antecipe foi projetado especialmente para o plantio intercalado de milho e soja. Durante o enchimento dos grãos de soja, as sementes de milho são espalhadas no solo em fileiras alternadas na lavoura.

Durante a colheita, a máquina corta tanto os pés de soja quanto os caules de milho. No entanto, isso não compromete o desenvolvimento do milho, pois sua força de crescimento está abaixo do solo nesse estágio. Após alguns dias, os caules rebrotam e o milho continua seu crescimento normalmente.

Ao adotar esse sistema, os produtores podem manter o mesmo número de plantas de milho por hectare em comparação com o sistema convencional. Além disso, podem expandir o cultivo da segunda safra para áreas onde o seguro agrícola não cobriria os riscos climáticos. Essa técnica também pode ser aplicada em outras culturas, como sorgo e milheto, e está alinhada com as diretrizes do Plano ABC (Política Nacional de Agricultura de Baixo Carbono).

O sistema Antecipe oferece a possibilidade para o produtor realizar o plantio da segunda safra dentro das regras do seguro agrícola, reduzindo os riscos. Isso é especialmente relevante, pois as lavouras plantadas fora dos prazos do zoneamento climático não são cobertas pelo seguro, o que pode resultar em prejuízos significativos.

Para viabilizar a implementação desse sistema, foi desenvolvida uma máquina especial, que realiza tanto a semeadura quanto a adubação. Essa máquina possui suspensão elevada para evitar danos às plantas de soja em fase final de crescimento. Além disso, proporciona economia ao produtor, pois elimina a necessidade de gastos com herbicidas para dessecar as plantas de soja, permitindo que a cultura alcance seu estágio final naturalmente.

Com o sistema Antecipe, os agricultores podem completar suas lavouras com menos riscos ao antecipar a semeadura em até 20 dias, tornando o processo mais eficiente e reduzindo a vulnerabilidade aos fatores climáticos.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e Brasil mantém liderança global

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A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/2025 está projetada para crescer 8%, consolidando a posição do país como líder global nas exportações do produto. As primeiras estimativas, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicam uma produção de 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2,14 milhões de hectares. Esses números são mais otimistas do que os divulgados anteriormente pela Conab, que previam uma produção de 3,68 milhões de toneladas.

Na safra 2023/2024, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos por hectare. Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, seguido pela Bahia e Mato Grosso do Sul.

A oferta global de algodão, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente devido à redução das importações pela China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras e agora absorve apenas cerca de 20%. Isso desafia o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito.

No mercado interno, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, trazendo otimismo para o setor. De acordo com as associações de produtores estaduais, a área plantada com algodão no país deverá ser cerca de 7,4% maior em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Com uma produtividade projetada de 1859 quilos por hectare, a produção pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, um crescimento aproximado de 8%.

Apesar do crescimento na produção, o setor enfrenta desafios significativos nas exportações. A crise econômica na Argentina, principal mercado para os produtos brasileiros, resultou em uma queda de 9,5% nas exportações de têxteis e confeccionados. Esse cenário exige que o setor busque novos mercados e estratégias para manter sua competitividade internacional.

A previsão de cortes de empregos no final do ano, devido à sazonalidade da produção, é uma preocupação adicional. No entanto, a geração de quase 25 mil novos empregos de janeiro a julho de 2024 demonstra a capacidade do setor de se adaptar e crescer, mesmo em um ambiente desafiador.

Fonte: Pensar Agro

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