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MATO GROSSO

Primeira-dama visita Central de Libras: “estou aqui para apoiar e lutar por seus direitos”

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A primeira-dama de MT, Virginia Mendes, visitou na tarde desta segunda-feira (11.03) a Central de Interpretação de Libras (CIL), onde participou do evento em comemoração ao mês das mulheres, promovido pela Superintendência Estadual de Pessoa com Deficiência, com apoio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc). A programação especial foi direcionada à importância da inclusão social para mulheres surdas.

Virginia Mendes agradeceu o convite e lembrou que as pautas sobre as mulheres devem ser levadas a todos os lugares. “As pautas sobre a mulher devem chegar a todas as mulheres e, claro, a todos os homens também. Isso é inclusão. Fiquei muito feliz com a iniciativa da Superintendência Estadual de Pessoa com Deficiência e da Setasc, que também contou com o apoio do nosso querido deputado estadual Max Russi e parceiros por promover esse dia tão agradável para as mulheres surdas. Estou aqui para apoiá-las e lutar com elas por seus direitos”, disse Virginia Mendes.

A secretária da Setasc, Grasielle Bugalho, anunciou duas ações articuladas pela primeira-dama do Estado junto ao Governo. “Graças à articulação da primeira-dama Virginia Mendes, o projeto da reforma do Procon e o atendimento via aplicativo 24 horas da CIL foram autorizados pelo governador Mauro Mendes. Isso demonstra a preocupação com a inclusão social e o carinho que a dona Virginia tem pela população surda”, disse a secretária.

Com o intuito de abordar questões fundamentais sobre os direitos das mulheres, o evento visa também sensibilizar sobre as formas de violência que as mulheres com deficiência enfrentam, destacando a importância de garantir acessibilidade em todos os aspectos da vida cotidiana.

De acordo com o intérprete de Libras Edevaldo do Carmo, por ano cerca de 2.800 pessoas surdas são atendidas, sendo 60% mulheres. “São feitos vários atendimentos a elas, esse apoio é essencial. Os serviços oferecidos na CIL são essenciais, porque antes eles não eram assistidos, e hoje têm acessibilidade nos hospitais, bancos, delegacias, Tribunal de Justiça, entre outros segmentos e órgãos, graças à parceria da CIL e ao incentivo que a primeira-dama Virginia Mendes dá ao nosso trabalho.”

“Para a comunidade surda, dona Virginia é como se fosse uma mãe, todos a amam e têm um carinho muito grande por ela”, contou Edevaldo do Carmo.

O intérprete ainda falou sobre as oportunidades de emprego com a parceria da central com a iniciativa privada. “Os empresários que entendem a importância da inclusão podem nos procurar e, assim, convidar a comunidade surda para acessibilidade, onde também as empresas terão desconto no imposto.”

O casal venezuelano de surdos, Jonathan José Torres e a esposa Yorjay Parra, já foram encaminhados para o mercado de trabalho. “Estamos felizes, aqui na CIL temos todo o apoio que precisamos, estamos tendo a chance de recomeçar nossa vida.”

Durante o evento, as participantes tiveram acesso a palestras informativas, momentos de cuidado e beleza, além de um espaço para expressar suas próprias necessidades e desejos. Um desfile e sorteio de mais de 200 prêmios e 80 cestas de alimentos e kits de higiene e limpeza complementaram as atividades, proporcionando um dia dedicado ao empoderamento e à celebração da diversidade feminina.

Participaram da visita a superintendente do Estado de Pessoa com Deficiência, Thais de Paula; o secretário adjunto de Direitos Humanos da Setasc, Kennedy Dias; equipes da Setasc, Unaf e população surda atendida pela CIL.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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