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MATO GROSSO

A Supremacia do Caos

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O executivo norte-americano DEE ROCK destacava, no final dos anos 90 do século passado, o conceito utilitário do que chamou de ERA CAÓRDICA, combinando harmoniosamente as características do “caos e da ordem” para uma atuação sistêmica no cotidiano. Por essa concepção, as inquietações de cada um são interpretadas de forma utilitária e integram o escopo macro, visando a melhoria da qualidade de vida de todos a partir do aprimoramento das regras de convivência em sociedade.

Os pressupostos da ERA CAÓRDICA com “caos” e “ordem” caminhando em prol de um mesmo objetivo, podem culminar, de fato, em resultados utilitários para o ser humano. Mas, como “nada acontece por acaso”, a almejada e necessária harmonia entre um aspecto e outro vem sendo a cada dia menos respeitada.

 A “ordem”, conceito que naturalmente possibilita entendimentos diversos, porém, construtivos, tem sido sucumbida pela supremacia do “caos”, que impacta negativamente no objetivo delineado, acarretando atritos desnecessários gerados, em grande parte, pela compreensão de muitos de que as desconformidades, geralmente associadas à ansiedade, medo e até insegurança das pessoas, não requer qualquer medida pragmática para correção, mas, sim, reações para confrontá-las.

 Por isso, cada vez mais aumenta o número daqueles que, ao invés de adotar atitudes para corrigir eventuais desordens evidenciadas na sociedade, preferem simplesmente afrontá-las, humilhando seus emissores, imaginando que desse modo alcançarão a conformidade almejada.

É importante lembrar que o conceito de ordem resulta de uma construção natural onde o que é “correto”, “adequado”, “belo”, etc., são adjetivos vistos como de substancial utilidade pela maioria, incentivando a conquista de situação análoga ou incutindo o propósito de adotá-los como meio para alcançar uma vida harmônica e feliz. De outra banda, a desordem, composta de elementos destoantes da realidade, integra o escopo de empoderamento do “desequilíbrio”, “imprecisão”, “lealdade” etc.

Além da falta de coerência entre os substantivos (ordem e caos) em destaque, ou seja, da insciência na adoção de medidas para sintonizá-los, é crescente, também, o emprego de um ou de outro como expressão de vaidades sociais e políticas, não raro, vinculadas a interesses individuais e setorizados, que nada contribuem para a efetiva edificação de uma sociedade justa, norteada pelo sonho da equidade, proporcionada pelo desfrute coletivo das riquezas naturais e do aprimoramento do ser humano.

Não há dúvida que o conceito de “ordem” foi amesquinhado ao longo do tempo, sendo comum o entendimento espúrio, conectando-o com interesses elitizados ou dominantes e não com o seu primordial escopo que é o de sintonia com as regras de sustentabilidade; de igualdade entre os seres humanos e respeito às normas consolidadas harmonicamente, visando o interesse coletivo. Por isso, cada dia mais se observa a absurda manifestação de incautos, invocando a “ordem” para ressaltar a importância de algo ou alguém na sua consecução e não raro, externando críticas – procedentes ou não, por eventuais protagonistas das desconformidades relatadas ou quem, simplesmente, não se alinha a esse desígnio. Ou seja, a regularidade tem sido enfocada politicamente, quando o seu princípio é constituído do respeito social que enseja, na perspectiva de aprimoramento de todos para alcançar a efetiva Justiça Social.

Por outro lado, o “caos” presente no cotidiano das pessoas, contrariando a “ordem” ou expressando um cenário diversificado do conteúdo clássico para atingir o desiderato eleito, é superlativado e utilizado como meio para ressaltar a pernosticidade de alguns. Por isso, cresce a cada dia a proliferação de ideias ou relatos fáticos, de forma agressiva, empoderando, indiretamente, o caos exaltado, em detrimento da “ordem” que até pouco tempo era buscada, despiciendo da afinidade ou alienação dessa ou daquela pessoa sobre o tema, simplesmente para organizar as ações proativas ou reativas relacionadas ao assunto.

As ações proativas voltadas para a implementação da regularidade em determinada situação, são conduzidas, cada vez mais, por caminhos que privilegiam a conflituosidade, gerando as reações que culminam em “caos”. Não há, em geral, a preocupação na construção e sedimentação de valores ou conhecimento sem explorar, ao mesmo tempo, as incúrias praticadas. Ou seja, o respeito não é mais pressuposto para as manifestações que agora estão bem mais facilitadas pelas “mídias” e “redes” sociais. Importa, tão-somente, exteriorizar o que se pensa, despiciendo das eventuais reações que possam resultar. Se a utilidade preconizada por DEE ROCK no conceito de “caórdico” é inadequada para os padrões atuais, devemos refletir sobre os meios para se conviver com ambas as situações que são intrínsecas à natureza humana.

Quando se dissemina a proeminência da “ordem”, releva-se o aprimoramento do ser humano, com certeza. Reproduzir, estudar, se embelezar e, sobretudo, corrigir eventuais distorções (“caos”), decorrentes desse processo, é o que proporciona, efetivamente, uma vida saudável.

 Para evitar a padronização do “caos” sucumbindo, destarte, a relevância da “ordem”, é imprescindível que as pessoas entendam, de uma vez por todas que tudo que nos cerca foi construído com o escopo utilitário de melhorar a vida. Hoje somos o resultado da busca incessante pela equidade entre as pessoas que sempre pautou a maioria do nosso antepassado. Destarte, pouco importa se alguém é uma autoridade, cientista, artista, empresário, estudante ou trabalhador. É imprescindível que preservem os conceitos e princípios básicos de respeitabilidade; humildade nas expressões e valorização adequada sobre o que o outro pensa, despiciendo da diferença que ostentamos. Nesse sentido, empregando um termo da atualidade, é importante, também, a REMASTERIZAÇÃO desses conceitos e das atitudes conduzidas para alcançá-los, cônscios de que só por isso, chegamos até os dias atuais. Destarte, estar-se-á contribuindo para legar um Mundo melhor às gerações futuras.

*Edmilson da Costa Pereira é procurador de Justiça em Mato Grosso

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

MT Hemocentro abrirá neste sábado (21) para campanha especial de doação de sangue

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O MT Hemocentro, único banco de sangue de Mato Grosso, abrirá neste sábado (21.09), das 7h30 às 12h, para uma campanha especial de doação de sangue. A ação será realizada em celebração ao Dia Mundial do Doador de Medula Óssea e tem o objetivo facilitar a doação para aqueles que não podem comparecer durante a semana.

De acordo com a diretora do MT Hemocentro, Gian Carla Zanela, cada doação de sangue pode salvar até quatro vidas. “Isso acontece porque, ao doar, o sangue é separado em hemocomponentes: plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e crioprecipitado. Essa separação permite que cada componente seja utilizado de forma eficaz, beneficiando até quatro pacientes em cada doação”, explicou.

Dados de julho de 2024 indicam que o MT Hemocentro e as unidades do interior do Estado realizaram mais de 30 mil coletas e processaram 64 mil bolsas de sangue. O ambulatório especializado em doenças hematológicas realizou cerca de sete mil consultas.

“A doação de sangue é um gesto de solidariedade que pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, afirmou Zanela, que também ressaltou a importância de manter estoques adequados de hemocomponentes para atender à demanda no Estado.

Para se tornar um doador, é necessário cumprir alguns critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde: apresentar um documento oficial com foto, pesar mais de 51 kg, estar em bom estado de saúde, ter feito uma refeição equilibrada, ter entre 16 e 69 anos, 11 meses e 29 dias.

Os homens podem doar até quatro vezes ao ano, com um intervalo de dois meses entre as doações, enquanto as mulheres têm limite de três doações anuais, respeitando um intervalo de três meses. A coleta é de até 450 ml de sangue por sessão e recomenda-se evitar exercícios físicos e o consumo de álcool após a doação.

Para agendar a doação, os interessados podem acessar o Sistema de Agendamento do MT Hemocentro ou entrar em contato pelo WhatsApp (65) 98433-0624 (somente mensagens) e pelo telefone (65) 3623-0044, ramais 211 e 221. O MT Hemocentro atende regularmente de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h.

Para quem reside no interior do estado, as doações também podem ser realizadas nas Unidades de Coleta e Transfusão dos municípios de Juína, Juara, Colíder, Alta Floresta, Cáceres, Primavera do Leste, Barra do Garças, Sinop, Porto Alegre do Norte, Água Boa, Rondonópolis, Tangará da Serra, Barra do Bugres e Sorriso.

Fonte: Governo MT – MT

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