Milhares de pessoas foram às ruas em Israel para pedir a destituição do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu , neste sábado (9). Além de pedir a saída do mandatário, os manifestantes querem a antecipação das eleições. “Eleições agora” e “tragam de volta os reféns” foram alguns dos cânticos entoados.
De acordo com o Jerusalem Post, cerca de 20 mil pessoas estiveram numa das principais ruas de Tel Aviv para protestar contra o primeiro-ministro. “Netanyahu e seu governo estão destruindo país”, disse Alva, um ex-soldado de Israel, à AFP. “Somos um país partido”, disse Ora, psicóloga de 60 anos.
“Não temos futuro com esse governo e esse primeiro-ministro. É corrupto, brutal, violento”, disse Mira Smoli, de 64 anos, criticando as ações do governo na guerra contra o Hamas.
Another view of the anti-government protests in Tel Aviv tonight. Elections now! pic.twitter.com/HFxBpF8zEB
O novo conflito foi iniciado em 7 de outubro de 2023, quando membros do Hamas invadiram Israel, mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram 250 civis – 130 ainda estão sob posse do grupo terrorista.
Naquele momento, porém, Netanyahu já convivia com uma crise, sendo criticado por boa parte da população – ele é acusado de corrupção e fraude. Para alguns israelenses, o primeiro-ministro usou o conflito para tentar ganhar mais popularidade.
“Bibi [Benjamin Netanyahu] não tem interesse nos judeus ou nos árabes, só está interessado em si mesmo”, gritou uma mulher de um púlpito.
Com o objetivo de “aniquilar” o Hamas, o líder de Israel promoveu um forte contragolpe, arremessando bombas, invadindo e destruindo algumas cidades da Faixa de Gaza.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) , depois de quase cinco meses de guerra, cerca de 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, está ameaçada pela fome. Ao todo, mais de 30 mil palestinos morreram desde o início do novo confronto.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.