Nesta quarta-feira (15), os movimentos estudantis promoveram em ao menos 55 cidades manifestações contra o Novo Ensino Médio (NEM). O pedido é que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça a revogação deste modelo, que está em vigor desde 2022.
O NEM foi convertido em lei ainda no governo de Michel Temer, através da Lei Federal 13.415/2017, sendo implanta apenas no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A manifestação foi promovida pelos alunos secundaristas e pelos movimentos estudantis, como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), tendo apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
Dentre as manifestações, a de maior concentração foi na Avenida Paulista, ao qual a passeata se iniciou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), seguindo até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
As críticas ao modelo de ensino são em princípio pela falta de diálogo com a sociedade para a aprovação, a redução das disciplinas das ciências básicas, e a substituição das mesmas para uma profissionalização empreendedora de baixa complexidade, além da pequena oferta de opções de áreas do conhecimento para a escolha do estudante.
A diretora de comunicação da UBES, Yasmin Barreto, diz ao jornal Brasil de Fato que “os estudantes que queiram ter acesso a itinerários x ou y que sua instituição de ensino não fornece vão ter que procurar outra, aumentando ainda mais a estafa e a probabilidade de evasão escolar”.
Barreto ainda completa explicando que a “reforma foi construída pelas mãos de pessoas que nunca pisaram numa escola pública e não entendem a realidade da nossa educação. Uma reforma que não teve a consulta dos professores que diariamente ocupam seus postos e nem aos alunos, que vivem na pele o que é a educação brasileira”.
O Ministério da Educação publicou uma portaria ao qual pretende avaliar e reestruturar o NEM. No texto, o governo diz que “abrir o diálogo com a sociedade civil, a comunidade escolar, os profissionais do magistério, as equipes técnicas dos sistemas de ensino, os estudantes, os pesquisadores e os especialistas do campo da educação para a coleta de subsídios para a tomada de decisão”, sobre o novo modelo.
Vale ressaltar que no dia 7 de março, a CNTE, juntamente ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo e outras entidades de trabalhadores, conversaram com o presidente Lula pedindo a revogação no NEM, bem como tornar esta etapa mais atrativa e com ampliação do período integral.
Entretanto, o objetivo do projeto vem passando desafios tanto na estrutura, quanto em questão da resistência da população que desconhece os conceitos defendidos.
Já no dia 9 de março, o ministro da Educação, Camilo Santana, evitou falar sobre uma possível revogação, mas disse que estava trabalhando para criar um grupo para avaliar o novo modelo. “Não é questão de revogar. O [Novo] Ensino Médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir”, disse Santana.
O MEC publicou em nota que as novas medidas buscam “estabelecer o diálogo democrático, numa discussão coletiva e qualificada por meio de pesquisas, consultas públicas, seminários e outras ferramentas que nos permitam tomar decisões embasadas”.
Os integrantes da UBES completam avaliando o atual modelo como “”negligencia matérias cruciais para a formação crítica dos nossos estudantes. Nós não somos só português e matemática, queremos que a escola abrace nossa pluralidade”.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.