Nikolai Patrushev, secretário do COnselho de Segurança russo, disse que apesar de questionar a possibilidade de recuperar o drone, essa ação deve ser realizada. “E certamente trabalharemos nisso. Espero, claro, com sucesso”, ressaltou em entrevista ao canal TV Rossiya-1.
“Quanto ao drone, os americanos continuam dizendo que não estão participando de operações militares. Esta é a última confirmação de que eles estão participando diretamente dessas atividades na guerra”, disse Nikolai.
Outra autoridade russa que se pronunciou nesta quarta-feira foi Anatoly Antonov, embaixador do país nos Estados Unidos. Em comunicado divulgado via Telegram, ele afirmou que “qualquer ação com o uso de armamento dos Estados Unidos” é vista como hostil.
“Nós presumimos que os Estados Unidos se abstenham de mais especulações na mídia e interrompam os voos perto das fronteiras russas”, escreveu. “A Rússia não busca o confronto e segue apostando em uma cooperação pragmática no interesse das populações de nossos países.”
A operação militar russa enviou dois jatos para a interceptação do drone, que segundo o Kremilin atua como ‘espião americano’. Militares americanos afirmam que por diversas vezes os caças russos despejaram combustível no drone MQ-9 além de sobrevoarem na frente da aeronave não tripulada, efetuando ‘manobras inseguras’.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.