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MATO GROSSO

Setasc e equipe feminina do Mixto se unem para falar sobre protagonismo feminino com estudantes

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A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), promoverá no mês de março palestras com o tema “Protagonismo Feminino” em escolas estaduais. A iniciativa será realizada por meio do Centro de Referência em Direitos Humanos, vinculado à Secretaria Adjunta de Direitos Humanos (Sadh), em uma parceria com a equipe feminina do Mixto Esporte Clube. A primeira ocorreu na Escola Estadual Heliodoro Capistrano da Silva, localizada no bairro Parque Cuiabá, na Capital, nesta terça-feira (05.03).

A secretária interina da Secretaria Adjunta de Direitos Humanos, Katiellen Martins, ressalta que essa é uma oportunidade de diálogo com os estudantes sobre a luta histórica das mulheres por igualdade de oportunidades e direitos.

“O nosso objetivo é trazer esse diálogo com todos os alunos. Para o mês de março organizamos uma série de palestras com o tema Protagonismo Feminino nas escolas estaduais de Cuiabá em parceria com o time feminino do Mixto. Elas fazem parte das atividades de Educação em Direitos Humanos da Setasc através do Centro de Referência em Direitos Humanos”, destacou.

O professor de Geografia da escola e coordenador da iniciativa, Bruno Teixeira, explica que a ideia da palestra surgiu da necessidade de aproximar os alunos de setores da sociedade civil organizada que possuem importante representação social.

“A escola tem papel fundamental na construção da sociedade. Trazer as jogadoras e a técnica do time feminino do Mixto Esporte Clube para conversar sobre protagonismo feminino no mês de março, em que se comemora o Dia das Mulheres, é relevante e especial”, avalia o docente.

Para Amanda Barbosa, aluna do 3º ano do Ensino Médio, a palestra foi muito interessante. De acordo com a estudante, atualmente, as pessoas ainda não levam o futebol feminino tão a sério como o masculino.

“É claro que tivemos muitos avanços nos últimos anos, especialmente em outros esportes, como o vôlei, por exemplo, mas há muito o que se conquistar, o que melhorar. A nossa sociedade expõe e critica mais as mulheres do que os homens e algumas pessoas ainda acham que há coisas que nós não deveríamos ou poderíamos fazer. O futebol é um exemplo de onde essa ideia persiste, o que leva ao enfraquecimento do futebol feminino e desmotiva as meninas a se interessarem por jogar futebol”, explica Amanda.

Segundo Mariana Costa, de 17 anos, também estudante do 3º ano do Ensino Médio, a ideia em levar as jogadoras e técnica à escola foi muito importante, porque foge do usual das palestras.

“Eu achei uma coisa muito nova e diferente. Nunca vi assim casos de jogadoras fazendo palestras, a gente vê mais jogadores. Vi a emoção delas em falar da trajetória que tiveram, as dificuldades, os desafios, as conquistas e o dia a dia nos treinos. Foi uma conversa de incentivo para todas nós”, declarou a estudante.

De acordo com a técnica do clube, Kethleen Azevedo, é um prazer estar nas escolas comentando sobre o futebol feminino, em uma ação importante sobre o Dia Internacional da Mulher.

“O Governo de Mato Grosso está de parabéns pela iniciativa e esperamos contribuir um pouco com as nossas experiências e mostrar que as mulheres podem fazer exercer qualquer papel na sociedade”, pontuou.

A volante do Mixto Esporte Clube, Stephane Souza, conta que trazer o projeto com as palestras nas escolas motivam a nova geração de mulheres. “É mostrar que podemos estar em qualquer lugar. Que trabalhando bastante, podemos chegar a sermos jogadoras de futebol e tantas outras profissões que são vistas apenas para homens”, destacou a jogadora.

A próxima escola que receberá a palestra é a Escola Estadual Salim Felício, também no bairro Real Parque.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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