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MATO GROSSO

MPMT lança campanha “Lote limpo, cidade limpa” em Várzea Grande 

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Com o objetivo de conscientizar a população de Várzea Grande sobre a necessidade de fazer limpeza regular e correta dos lotes e terrenos do município, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) lançou, na segunda-feira (4), a campanha “Lote limpo, cidade limpa”. Idealizada pela 4ª Promotoria de Justiça Cível, a campanha é promovida em conjunto com o Poder Executivo Municipal e o Corpo de Bombeiros. 

O lançamento ocorreu na sede das Promotorias de Justiça de Várzea Grande, durante reunião com representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente, Gestão Fazendária, e de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros. 

Além da limpeza, a campanha visa estimular o zelo dos cidadãos pelas áreas públicas não ocupadas, áreas verdes e Áreas de Preservação Permanente (APPs). Voltada à toda sociedade várzea-grandense, ela terá como metodologia a criação de um protocolo integrado de prevenção, combate e responsabilização dos proprietários de lotes e terrenos sujos ou com mato alto, que será publicado em forma de e-book. 

Conforme a promotora de Justiça Michelle de Miranda Rezende Villela, o protocolo incluirá um fluxograma da atuação dos agentes envolvidos nas etapas de fiscalização, notificação, realização de audiência extrajudicial junto ao MPMT e responsabilização, quando necessário. Ele será construído com a participação de todos os agentes envolvidos, de modo a documentar passo a passo a atuação de cada um. 

“A nossa proposta é de atuar em várias frentes, de maneira participativa, com a união de esforços das instituições. Neste primeiro momento, vamos realizar uma campanha educativa e preventiva. Orientar sobre a importância de manter limpos quintais, terrenos e lotes, para evitar a proliferação de bichos e insetos, bem como queimadas. Falar abertamente sobre como deve ser feita essa limpeza, o que pode, o que é proibido e o que precisa de autorização”, revelou Michelle Villela. 

Posteriormente será realizada a fiscalização e notificação dos proprietários e, por fim, se necessário, a responsabilização administrativa, civil ou criminal. 

“Essa é uma iniciativa inédita em nosso município e tenho certeza que colheremos bons resultados. A integração dos parceiros é um grande diferencial, que nos torna mais fortes”, opinou a secretária municipal de Gestão Fazendária, Lucinéia dos Santos Ribeiro.  

Área – De acordo com a Prefeitura, o município de Várzea Grande possui área total de 938km², sendo cerca de 163km² localizados na zona urbana. Segundo o Cadastro Tributário Municipal, existem aproximadamente 170 mil imóveis. A promotora de Justiça Michelle Villela explica que os principais problemas comumente identificados na cidade são: número grande de áreas públicas e particulares com mato alto que precisam de limpeza, notificações expedidas e não cumpridas, áreas e lotes com entulho doméstico e pessoas que usam fogo para limpeza. 

Crime – O uso do fogo em terreno urbano é crime ambiental em qualquer época do ano, previsto na Lei federal 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula como sanções multa e/ou reclusão de 1 a 4 anos. Na zona rural, o período proibitivo é definido por decreto publicado pelo Governo de Mato Grosso e normalmente vai de maio a outubro, podendo ser prorrogado. 
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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