Mais quatro pessoas foram mortas em possível confronto com policiais militares na noite dessa terça-feira (28), na Baixada Santista. Com as novas ocorrências, o total de mortos na Operação Verão chega a 38.
Os agentes faziam operação contra o tráfico de drogas no Jardim Rio Branco, em São Vicente, quando foram surpreendidos por pessoas armadas em área de mata, segundo informações da PM.
Cinco suspeitos teriam sido atingidos; quatro morreram e um foi socorrido e levado ao Hospital do Vicentino, onde está internado. “Dois homens, de 18 e 31 anos, e dois adolescentes, de 17, não resistiram”, diz em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Foram apreendidos com o grupo dois revólveres calibre 38 e uma pistola .40, além de drogas, dinheiros e celulares, ainda de acordo com a polícia. O caso foi registrado como tráfico de drogas, posse ou porte ilegal de arma de fogo, resistência e morte decorrente de intervenção policial na Delegacia Sede de São Vicente.
Operação Verão
Iniciada após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, no dia 2 de fevereiro, a Operação Verão já havia deixado mais um homem morto nessa segunda-feira (26), também em suposto confronto com PMs no morro José Menino, em Santos.
De acordo com a PM, os agentes teriam revidado após três suspeitos atirarem contra os policiais. O ferido foi levado à Santa Casa da cidade, local onde morreu. Os demais fugiram.
Pela quantidade de óbitos, a Operação Verão 2024 é a segunda ação mais letal da história de São Paulo, ficando atrás somente do Massacre do Carandiru, que em 2 de outubro de 1992 vitimou 111 detentos da Casa de Detenção de São Paulo.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, cobrou do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), que a Operação cumpra medidas e decisões judiciais que não estariam sendo respeitadas.
”Solicito, por parte do Governo do estado de São Paulo, o cumprimento das normas, princípios e decisões nacionais e internacionais que regulam o uso da força por parte de autoridades estatais, a investigação de execuções sumárias e o uso de câmeras corporais por parte de agentes de segurança”, afirmou o ministro.
O ofício do ministro foi baseado no relato da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que registrou um “aumento constante e desproporcional de denúncias” de possíveis violações dos PMs na região.
“A comunidade relata a imposição de um toque de recolher pela força policial, acarretando prejuízos financeiros significativos. Além disso, a insegurança gerada tem resultado na ausência de crianças nas escolas, em virtude do receio, e na falta de acesso dos cidadãos aos serviços básicos de saúde”, lê-se em um trecho do documento da Ouvidoria.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.