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MATO GROSSO

O Indizível

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Quando menino, a mãe pedia para eu ir ao mercadinho, eu não fazia a lista, e brincava dizendo: se for até 13 itens eu lembro de cabeça, ia e voltava algumas vezes por esquecer.

Precisamos fazer uma lista das coisas todas que no dia a dia a gente vai perdendo.

Pergunta a mim! Pergunta o que a gente vem perdendo! Que você já acha, amigo leitor!

A palavra “pergunta”, que hoje para nós é um conceito abstrato, vem da vida vivida. É do latim “percontáre”. O prefixo “per” indica movimento, e “contus” era o bastão utilizado por barqueiros para ir tocando o fundo do rio a fim de evitar o encalhar. O “afundar”. O mesmo bastão usado pelos cegos. Sacamos, então, o que é a palavra “perguntar” na vida – sondar o fundo, o desconhecido, o que não vemos ou sabemos, para nos movimentarmos.

 E de mim saio para ver. Ver o quê? Ver o que existe, disse Clarice.

Para muitos o que está fora do intelectualizado e racionalizado é ignorado. O padrão, os hábitos rotineiros, dificulta a procura das coisas perdidas. Essa tendência linear levou a uma fragmentação do conhecer. Ou até um aminguamento dele.

Há coisas que não são comunicadas senão indiretamente. Há o não tangível. O invisível. O intuído. O imaginado. O indizível.

Alguns acham que há correspondência geométrica entre teoria e prática, entre o pensamento e a vida vivida. É porque tiram delas “o indizível”. E para ter com “o indizível” precisa viver. Mas eles põem nome nas coisas, mas não as vivem. Imagina! Separar o pensamento da vida! Ocorre que a vida do pensamento não tem tanto a ver assim com a vida vivida.

Dá até medo de escrever muito e sempre, medo de desfazer a palavra. Mova seu bastão, meu amigo, sonda o fundo; ache-se no costumeiro, no cotidiano. Evite o encalhar: “o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta.”

*Emanuel Filartiga é promotor de Justiça em Mato Grosso
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Polícia Civil deflagra Operação Cafofo para cumprimento de mandados de prisão

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Confresa, deflagrou a Operação Cafofo para cumprimento de dois mandados de prisão, nesta sexta-feira (22.11).

As ordens judiciais foram cumpridas na Cadeia Pública do município de Jaciara e na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.

Os detentos, de 23 e 29 anos, são investigados por planejarem um roubo em Confresa. Armados, os suspeitos, que executaram o crime, invadiram uma residência e fizeram a família de refém e cárcere privado.

Agindo com extrema violência, os criminosos amarraram as vítimas, que foram obrigadas a fazer várias transferências via PIX. Após subtraírem uma alta quantia em dinheiro, enviada para diferentes contas, os suspeitos fugiram.

Durante investigação da Derf de Confresa, os autores do roubo foram identificados e já estão presos, bem como identificados os outros integrantes que receberam o dinheiro.

Entre os envolvidos, estão os dois detentos, alvos dos mandados de prisão expedidos pelo juízo da Comarca de Porto Alegre do Norte, cumpridos nesta sexta-feira (22), na Cadeia Pública de Jaciara e na Penitenciária Central do Estado.

A Derf de Confresa afirma que as investigações continuam para apresentar à Justiça os demais integrantes que também receberam as transferências, assim desarticulando a organização criminosa.

Nome

A operação Cafofo faz referência a local pantanoso ou alagadiço que exala mau cheiro. Na gíria popular significa casa ou esconderijo.

Fonte: Governo MT – MT

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