O governador Mauro Mendes afirmou que a nova Estação de Tratamento de Água (ETA) Barra do Pari, em Várzea Grande, é um grande passo para colocar fim aos anos de “tormento” que parte da população várzea-grandense passa com a falta de água.
Neste sábado (24.02), Mauro Mendes esteve na inauguração da ETA, que recebeu um investimento de R$ 26,9 milhões do Governo do Estado. A obra foi executada pela Prefeitura de Várzea Grande, que destinou mais R$ 12 milhões para sua construção, iniciada em outubro de 2022.
“A falta da água é um problema que tem atormentado muito a vida do cidadão de Várzea Grande. Agora, com o aporte do Governo e da Prefeitura, nós estamos inaugurando uma das grandes soluções para acabar com esse problema na cidade”, garantiu o governador.
Mauro ressaltou o trabalho conjunto dos secretários e servidores estaduais, da Prefeitura, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e da bancada federal para realizar ações de melhoria em todo o Estado.
“Graças ao trabalho sério e honesto dessa equipe, nós conseguimos mudar essa realidade. Quando a gente faz uma boa administração, muita coisa boa acontece. Essa ETA é um exemplo disso”, afirmou.
A nova estação terá capacidade para tratar 250 litros por segundo, o que equivale a mais de 21 milhões de litros por dia, e deve beneficiar cerca de 140 mil moradores de mais de 50 regiões do município, entre bairros, loteamentos e condomínios.
O governador destacou que essa entrega, somada à ETA Grande Cristo Rei, inaugurada em 2021, e a ETA do bairro 7 de maio, ainda em construção, vai trazer a solução definitiva para a falta de água no município.
Mauro relembrou também os investimentos que o Governo do Estado tem feito na cidade, que já somam R$ 1,3 bilhão desde o início de sua gestão, há cinco anos.
“Temos aplicado recursos em asfalto novo, recapeamento, iluminação pública, construção de escolas, e uma série de outros investimentos. Com todas essas ações, traremos melhorias de médio e longo prazo na qualidade de vida do cidadão várzea-grandense”, finalizou.
Regiões atendidas
Confira abaixo os bairros, residenciais, loteamentos e condomínios que serão atendidos pela ETA Barra do Pari:
Petrópolis, Chapéu do Sol, Origem, Florais da Mata, Andaraí, Jardim Corsário, Jardim Acácia, Jardim dos Pássaros, Jardim Guanabara, Jardim Manancial, Nova Esperança, Nova Ipê, Manaíra, Jardim Niterói, Jardim Botânico, Jardim Imperial, Mangabeira, Colinas Douradas, José Carlos Guimarães, Solaris Tarumã, Júlio Domingos, Jequitibá, Jacarandá, Jardim Esmeralda, Condomínio Rubi, Condomínio Esmeralda, Residencial Clovis Vetorato, Naice Racce, Terra Nova, Mapim, Jardim das Flores, Parque das Nações, Jatobá, MRV – Chapada dos Pinheiro, Jardim de Alá, Sol Nascente, Passagem da Conceição, Parque das Águas, Parque Genebra, Guarita, Torrão de Ouro.
Também serão contemplados os moradores do Estrela Dalva, Itororó, Marajoara, Jardim Paula III, São Marcos, Residencial Dom Pedro II, Residencial Rita Monteiro, Ouro Verde, Nova Fronteira, Paiaguás, Colinas Verdejantes, São Simão, Asa Bela, Asa Branca, Santa Isabel, Cidade de Deus, Eldorado, Parque Atlantic, Ataíde Ferreira, Alice Gonçalves, Renato dos Santos, Parque Sabiá, Loteamento São Mateus, São Benedito, Novo Mundo, Hollywood, Maria Isabel, Nair Sacre, Jardim dos Estados, Celestino Henrique.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.