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Agronegócio

Mato Grosso conclui plantio da safra de algodão com expectativas de aumento na produção

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Mato Grosso concluiu o plantio da safra 2023/24 de algodão, conforme divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta sexta-feira (23.02). Na mesma época do ano passado, a semeadura estava em 99,96%, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 99,89%.

Houve um avanço de 0,03 ponto percentual em comparação com a semana anterior. O Imea projetou uma intenção de cultivo de 1,36 milhão de hectares, um aumento de 15,37% em relação à safra anterior, com uma produtividade estimada de 284,34 arrobas por hectare, 8,61% abaixo do recorde registrado na safra 2022/23 devido às condições climáticas favoráveis. O Instituto estima uma colheita de 5,83 milhões de toneladas, representando um aumento de 3,79% em relação ao ciclo anterior.

SOJA – Segundo o Imea, a colheita atingiu 76,44% da safra 2023/24. Houve um avanço de 11,37 pontos percentuais em comparação com a semana anterior e um aumento de 0,18 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.

As regiões médio-norte e oeste estão na fase final da colheita, atingindo 97,38% e 95,62%, respectivamente. A produção estimada para a safra de soja é de 38,44 milhões de toneladas, representando uma queda de 11,08% em relação ao ciclo anterior.

Em relação ao milho, 80,38% da área plantada da safra 2023/24 em Mato Grosso já foi concluída. O Imea prevê o plantio de 6,94 milhões de hectares, uma redução de 7,31% em comparação com o ciclo anterior, devido aos preços abaixo do custo de produção. A produção esperada é de 43,27 milhões de toneladas, representando uma queda de 17,58%.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Projetos estadual e federal podem corrigir injustiças ambientais e impulsionar o agronegócio

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Duas propostas legislativas — uma estadual e outra federal — prometem corrigir falhas históricas na classificação de biomas em Mato Grosso, aliviando os custos para produtores rurais e ampliando a competitividade do agronegócio no estado. A primeira, em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), reclassifica áreas dos biomas amazônico e cerrado, enquanto a segunda, na Câmara dos Deputados, visa retirar o estado da Amazônia Legal.

Atualmente, muitos produtores rurais em Mato Grosso precisam preservar até 80% de suas propriedades por estarem localizadas em áreas classificadas como floresta amazônica, mesmo em regiões de cerrado ou transição. Para ajustar essas áreas à realidade, os proprietários são obrigados a gastar altos valores com laudos técnicos para comprovar que suas terras pertencem ao bioma cerrado, onde a reserva legal exigida é de 35%.

A proposta estadual, aprovada em primeira votação, busca corrigir essas distorções ao redefinir os limites entre biomas. Se aprovada, permitirá que áreas erroneamente classificadas como floresta amazônica passem a ser reconhecidas como cerrado, alinhando a legislação ambiental à realidade no campo.

O deputado Carlos Avallone, presidente da Comissão de Meio Ambiente e autor da proposta, defende que a reclassificação é essencial para reduzir custos e ampliar a área disponível para produção agrícola. “Estamos corrigindo equívocos históricos que penalizam produtores que já preservam boa parte de suas terras. Essa mudança é técnica e necessária”, afirmou.

Produtores argumentam que, em muitas regiões de cerrado, onde é exigida a preservação de 80%, a vegetação é tratada como floresta de forma equivocada. Segundo lideranças do setor, isso encarece a produção e reduz a competitividade do Brasil no mercado global, especialmente diante das exigências internacionais.

Especialistas alertam que a reclassificação poderia abrir caminho para o desmatamento de até 10 milhões de hectares. Porém, produtores destacam que não se trata de “desmatamento indiscriminado”, mas de uma adequação técnica que garante a manutenção da preservação obrigatória de 35% em áreas de cerrado, conforme o Código Florestal.

Além disso, ambientalistas temem impactos na credibilidade do Brasil no mercado internacional, mas deputados como Juarez Costa, autor da proposta federal, ressaltam que o agronegócio brasileiro já adota padrões elevados de sustentabilidade.

No âmbito federal, o projeto de retirar Mato Grosso da Amazônia Legal promete aliviar ainda mais os custos para produtores, que seriam dispensados de preservar 80% de suas propriedades, como ocorre atualmente. Apesar do parecer contrário do deputado Coronel Chrisóstomo na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o texto ainda será debatido em outras instâncias legislativas.

A segunda votação da proposta estadual será crucial para determinar o futuro da legislação ambiental em Mato Grosso. Se aprovada, representará um avanço na segurança jurídica dos produtores e um estímulo ao agronegócio, pilar econômico do estado. O debate revela a necessidade de equilibrar conservação ambiental e crescimento econômico em um dos principais estados produtores do Brasil.

O agronegócio mato-grossense, responsável por alimentar milhões de pessoas no Brasil e no mundo, reforça que ajustes como esses são indispensáveis para garantir sua sustentabilidade econômica e ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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