No anúncio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse: “As sanções garantirão que Putin pague um preço ainda mais alto por sua agressão no exterior e repressão interna”.
O pacote mira no setor financeiro e no complexo militar-industrial. Mais de 500 empresas e pessoas ligadas à Rússia deverão ser afetadas com as sanções. As punições abrangem o sistema de pagamento proveniente do governo russo, instituições financeiras locais, setor industrial militar da Rússia e fontes de energia renovável do país.
Com isso, o governo dos Estados Unidos vai bloquear todos os bens das empresas e pessoas na lista que estejam em território norte-americano, e proibirá a abertura e dificultará a manutenção de contas no país.
De acordo com o “The New York Times”, uma das empresas russa atingida é a SUEK, que seria responsável por atender o exército russo com operações de transporte e logística. Outra é a Mechel, uma grande produtora de aços especiais.
O pacote afeta a empresa de capital aberto National Payment Card System, que é a responsável pelo sistema de pagamento nacional russo, o Mir. O método de pagamento estava em atividade desde o início da guerra contra a Ucrânia, e permitia que as atividades econômicas continuassem normais mesmo com as sanções anteriores do Ocidente.
Segundo a agência de notícias russa Tass, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, comentou a medida e chamou as sanções de ilegais, pois violam as prerrogativas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Entretanto, ele não cita quais.
“A União Europeia continua suas tentativas infrutíferas de pressionar a Rússia por meio de medidas restritivas unilaterais. Consideramos tais ações ilegais, minando as prerrogativas legais internacionais do Conselho de Segurança da ONU. Confirmamos que quaisquer ações hostis adotadas pelo Ocidente continuarão a receber uma resposta oportuna e adequada”, disse o ministro russo.
A Rússia também aumentou o número de pessoas proibidas de entrar no país, com representantes do Conselho da Europa, e membros de assembleias legislativas dos países da União Europeia, da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.