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Política Nacional

Governo Lula e EBC têm 72h para explicar live de Janja

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A primeira-dama da República, Janja Silva
Reprodução/Instagram

A primeira-dama da República, Janja Silva


O governo federal e a EBC ( Empresa Brasil de Comunicação ) terão que explicar a utilização da estrutura da estatal em live com a presença da primeira-dama Janja da Silva . Tanto a empresa quanto a União precisam se manifestar em até 72 horas por decisão da Justiça.

O juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, acatou o pedido do vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP), que deseja a remoção da live das redes sociais da EBC e que Janja seja proibida de participar da programação da emissora de televisão.

A alegação usada pelo advogado é que a primeira-dama não estaria seguindo a “moralidade, legalidade e impessoalidade” ao frequentar lives e programas da TV Brasil. Apesar da esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser citada na ação, não consta pedido de explicações.

A decisão de ter manifestação da EBC e da União partiu do juiz Djalma. No documento, o magistrado alegou que precisava garantir um “mínimo contraditório” para tomar sua decisão final.

Depois que ambas as partes se manifestarem, o juiz baterá o martelo e definirá se determinará a retirada da live que Janja participou nas redes sociais.

Janja na live

No dia 7 de março, um dia antes do Dia Internacional da Mulher, Janja participou de uma live no canal do YouTube da TV Brasil, administrado pela EBC. O programa intitulado Papo de Respeito teve como pauta a violência contra a mulher.

Além da primeira-dama, também estiveram na atração à ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a apresentadora Lua Xavier. A transmissão repercutiu entre a classe política, gerando elogios pela base governista e críticas da oposição ao governo Lula.

Janja planejava participar de novas lives com formatos semelhantes. A intenção da primeira-dama era entrevistar ministros e autoridades do governo para falar das ações da União.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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