O Governo de Mato Grosso já investiu cerca de R$ 12 milhões em auxílios para atletlas e técnicos beneficiados pelo Programa Olimpus MT, gerido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Implementada em 2020, a iniciativa busca valorizar e incentivar o trabalho de esportistas mato-grossenses, e somente neste início do ano já possibilitou vários destaques, convocações e medalhas para Mato Grosso.
“Toda nossa admiração e respeito aos nossos atletas mato-grossenses neste dia tão especial. O Governo do Estado tem trabalhado incansavelmente para fortalecer e valorizar nosso esporte, e resultado disso são os frutos incríveis que estamos produzindo. Nossos esportistas têm nos representando muito bem mundo a fora e suas conquistas e dedicação são o que nos move”, afirmou o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jefferson Carvalho Neves, parabenizando os atletas pelo Dia do Esportista, celebrado nesta segunda-feira (19.02).
Somente neste início de ano, 13 atletas mato-grossenses foram convocados para competições e treinamentos a nível de Seleção Brasileira. Exemplo disso é a atleta Lissandra Maysa, de Nossa Senhora do Livramento (38 km de Cuiabá), que ganhou medalha de ouro no Campeonato Sul-Americano Indoor de Cochabamba, na Bolívia. A esportista atingiu a marca de 6,49m no salto em distância. Atualmente, Lissandra participa de uma temporada indoor europeia, que teve início em 2 de fevereiro e se estende até 4 de março.
Os atletas de Barra do Garças (512 km de Cuiabá) Jânio Marcos Varjão e João Pedro Alves disputam o Campeonato Pan-Americano de Cross Country, que será realizado no próximo sábado (24), na cidade de San Juan Opico, em El Salvador. A competição é classificatória para o mundial de Cross Country, que ocorre em março, na Sérvia.
Outros bolsistas que tiveram seus nomes em destaque são os atletas Bárbara Martins, do vôlei de praia, e Raphael Duarte, do wrestling, convocados para as seleções brasileiras nas suas respectivas modalidades. Raphael também compõe a equipe permanente de base e vive a experiência de morar, treinar e estudar no perímetro do Centro de Treinamento no Rio de Janeiro. Tanto Bárbara quanto Raphael têm uma trajetória de bons rankings e campeonatos importantes.
A Secel também apoia atletas paralímpicos, como é o caso de Israele Gomes e Larissa Sousa, do goalball, e Arthur Cavalcante, Érika Cheres e Rayfran Mesquita, do judô.
Competindo na categoria J1 (cego total), a judoca Érika Cheres Zoaga afirma que a bolsa do programa Olimpus MT foi fundamental para que ela chegasse ao momento atual, na reta final de uma vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
“Muito disso que está acontecendo na minha vida é graças ao apoio do Estado. Esse apoio nos fortalece tanto na vida pessoal quanto na profissional, e assim podemos fazer um trabalho de excelência e qualidade, e levar o nome de Mato Grosso para o Brasil e o mundo”, destacou.
O atleta paralímpico André Luiz também foi convocado para compor a Seleção Brasileira de base de goalball.
Auxílio mensal
Os esportistas de base em Mato Grosso são atendidos nas categorias Infantil, Base e Estudantil, que contam com bolsas mensais de R$ 200, R$ 400 e R$ 800, respectivamente. Aos atletas de alto rendimento são oferecidas duas categorias de bolsas: a Nacional e a Internacional, cujos valores são de R$ 1,2 mil e R$ 2 mil por mês.
O benefício de Bolsa Atleta atende esportistas de vários municípios mato-grossenses, incluindo Araputanga, Barra do Garças, Brasnorte, Marcelândia, Nova Mutum, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Ipiranga do Norte, Rondonópolis, Paranaíta, Pontes e Lacerda, Sorriso, Várzea Grande, Tabaporã, Mirassol D’Oeste, Jangada, Cáceres, Querência, dentre outros.
De Alto Araguaia (422 km de Cuiabá), Guilherme de Oliveira foi convocado, pela terceira vez, para participar do Camping Paralímpíco Escolar, em São Paulo (SP), um projeto idealizado e realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro desde 2018, que tem como objetivo proporcionar a jovens atletas, com idade entre 12 e 17 anos, selecionados a partir das Paralimpíadas Escolares, o primeiro contato com a rotina de um atleta de alto rendimento.
A atleta Natália Vitória Santos, da cidade de Várzea Grande, também participou de um camping, no Centro Olímpico em São Bernardo (SP), oferecido aos atletas destaques do Brasil. Com 18 anos, ela é tetracampeã estadual na prova do arremesso de peso e lançamento de disco, vice-campeã brasileira escolar e terceira do ranking nacional sub-20.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.