O ex-presidente da França , Nicolás Sarkozy, foi condenado, em segunda instância, a um ano de prisão por gastos excessivos durante a campanha de 2012 – na época, o candidato à reeleição foi derrotado nas urnas. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Recurso de Paris nesta quarta-feira (14). Segundo a defesa, o ex-mandatário irá recorrer em última instância no mais alto tribunal nacional.
Sarkosy foi condenado pela primeira vez em 2021, no caso em que ficou conhecido na França como “Bygmalion” . De acordo com as investigações, o Les Republicains, partido do ex-presidente, trabalhou com uma empresa de RP (relações públicas) chamada Bygmalion para esconder o verdadeiro custo da sua campanha.
Marcada por eventos luxuosos e megalomaníacos, a campanha, desta forma, teria excedido significativamente o limite legal de despesas na França. Sarkozy, porém, nega as acusações. “Não escolhi nenhum fornecedor, não assinei nenhum orçamento, nenhuma fatura”, disse o ex-presidente, ao Tribunal de Recurso de Paris, nesta quarta-feira.
Apesar da condenação de um ano, Sarkozy viu metade da pena ser suspensa ainda em 2021. Segundo o tribunal, os outros seis meses poderão ser cumpridos de maneira alternativa, com a possibilidade de uso de tornozeleira eletrônica, sem a necessidade de ir para a cadeia.
Relação com Macron
Presidente da França entre 2007 e 2012, Sarkozy não conseguiu retornar ao posto desde então. Apesar disso, o ex-mandatário segue influente na política francesa, especialmente entre os conservadores.
Atualmente, Sarkozy mantém uma relação amigável com Emmanuel Macron, presidente da França e um dos líderes da União Europeia. No segundo turno das eleições de 2022, inclusive, o ex-presidente apoiou Macron contra a candidata de extrema-direita Marine Le Pen.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.