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Agronegócio

Terminando o carnaval, começa a Festa Nacional da Uva, em Caxias do Sul

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Começa nesta quinta-feira (15.02) a Festa Nacional da Uva, de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul – maior produtor de uvas do Brasil, responsável por 50% da produção nacional. O evento, que vai até 3 de março, promete uma programação cultural diversificada, com atrações para todos os gostos.

Mesmo com uma safra que pode ser até 50% menor em relação ao ano passado por conta das intempéries climáticas dos últimos meses, a estimativa é de que ao menos 150 toneladas do produto sejam distribuídas gratuitamente aos participantes do evento.

Uma das principais atrações da festa é a Arena, que receberá renomados artistas nacionais, como Ana Castela, Alok, Felipe Ret, Bruno & Marrone e Raça Negra. Além disso, haverá estruturas montadas em diferentes locais da cidade, incluindo dois palcos no Centro de Eventos e um na Praça Dante Alighieri, no centro de Caxias do Sul. Os shows na Praça Dante Alighieri serão gratuitos, enquanto os das outras duas arenas estão incluídos no valor do ingresso, que custa R$ 20.

Dentre as atrações artísticas, destaca-se o show do Badin, O Colono, que promete arrancar gargalhadas do público com suas histórias inspiradas na vida dos colonos do Sul do Brasil. Além disso, a programação musical será diversificada, incluindo estilos como rock, pagode, choro, música instrumental, além de apresentações de música folclórica italiana e gaúcha.

A Festa da Uva também reserva espaço para os pequenos, com o “Téti na Festa da Uva”, uma programação especial que inclui atividades esportivas e shows gastronômicos. Uma novidade deste ano é a Vila das Cervejas, que mostrará a produção local e regional da bebida. Além disso, a tradicional Vila dos Distritos será uma das atrações, apresentando a cultura, costumes, gastronomia e artesanato da região.

Um dos principais atrativos da 34ª edição da Festa Nacional da Uva é a realização do Saguzaço, do Polentaço e da Uvada da Nona, sempre aos sábados. Essas serão oportunidades para a comunidade provar alguns dos pratos mais típicos da região, degustando os resultados gastronômicos gratuitamente.

Para iniciar os eventos, no dia 17 será a vez do Saguzaço. Operado pelo chef Carlos Bertolazzi, a função de criar uma quantidade considerável do sagu, uma das sobremesas mais populares da tradição italiana no Brasil, será dividida entre estudantes da Escola de Gastronomia da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A expectativa é de servir uma tonelada de sagu aos presentes.

Sagu é uma sobemesa feita de amido, geralmente extraído da mandioca ou do tronco de certas palmeiras, como a saguizeira. Após o processamento, o amido é transformado em pequenas bolinhas brancas, que são cozidas em água ou caldo até ficarem transparentes e macias. O sagu pode ser consumido de diversas maneiras, sendo comumente utilizado em sobremesas doces, como o sagu de vinho ou o sagu com leite condensado. É uma iguaria bastante apreciada por seu sabor suave e textura gelatinosa, principalmente no Sul.

A programação completa da Festa Nacional da Uva 2024 pode ser acessada no site oficial do evento. Vale ressaltar que a programação artística-cultural é financiada pela Lei de Incentivo à Cultura federal, com patrocínio de diversas empresas locais e regionais. A realização é da Comissão Comunitária da Festa da Uva e da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul.

Além das atrações culturais, o Parque da Festa da Uva oferecerá diversas atividades diárias, como degustação de uvas, exposições, praças de alimentação, feira multissetorial, parque de diversões e muito mais, garantindo entretenimento para toda a família durante os dias do evento.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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