Um projeto de lei apresentado pelo Deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) propõe restrições ao uso indiscriminado de celulares e dispositivos eletrônicos por alunos em escolas públicas e privadas em todo o território nacional. A proposta, apresentada na última sexta-feira (9), visa criar limites claros para o uso desses dispositivos, com exceção para casos de pessoas com necessidades especiais.
O texto destaca que os professores, órgãos fiscalizadores e responsáveis pela educação deverão regulamentar o uso dos dispositivos quando necessário, através de portarias internas, especificando quando, como e em quais locais e atividades os dispositivos poderão ser utilizados.
Além disso, a lei propõe que as escolas adotem medidas administrativas para garantir o cumprimento da proibição, incluindo campanhas educativas, cláusulas em regimentos internos, comunicação aos responsáveis legais dos estudantes e orientação aos profissionais envolvidos na docência.
O descumprimento da lei acarretará advertências, e em casos reincidentes, poderá resultar em multas e outras medidas disciplinares previstas nos regimentos internos das instituições de ensino.
A proposta também destaca a importância de ações educativas sobre o uso consciente e globalizado da tecnologia, visando sensibilizar alunos, professores e pais sobre os impactos positivos do controle do uso de dispositivos móveis durante o período de aulas.
O projeto de lei entrará em vigor 90 dias após a sua publicação, caso seja aprovado. A justificativa apresentada destaca que o uso indiscriminado de celulares nas escolas, além de configurar desrespeito aos professores, prejudica o aprendizado e propõe limites para criar um ambiente mais propício à concentração.
A proposta também menciona estudos e regulamentações similares já adotadas, como no Decreto Rio nº 53918 de 1º de fevereiro de 2024, que regulamentou o uso de celulares nas escolas do município do Rio de Janeiro. A consulta pública realizada na cidade do Rio, que recebeu mais de 10 mil contribuições, mostrou que 83% eram favoráveis à proibição do uso de celulares durante todo o horário escolar.
O projeto de lei destaca o impacto negativo do uso excessivo da tecnologia por adolescentes, citando estudos que apontam para o desenvolvimento de características narcisistas, comportamento antissocial, ansiedade, depressão, entre outros problemas.
A proposta será analisada pelas comissões e não há previsão para que o texto seja votado pelo plenário da Câmara.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.