O papa Francisco defendeu sua decisão de permitir que os padres abençoem casais do mesmo sexo, chamando de hipocrisia as críticas que recebeu. As bênçãos LGBT foram autorizadas por um documento do Vaticano chamado Fiducia Supplicans no mês passado, mas enfrentaram resistência, especialmente de bispos africanos.
“Ninguém se escandaliza se eu der minhas bênçãos a um empresário que talvez explore pessoas, e isso é um pecado muito grave. Mas eles se escandalizam se eu as dou a um homossexual”, disse Francisco à revista católica italiana Credere. A Credere divulgou trechos da entrevista na quarta-feira (7), um dia antes de sua publicação.
Francisco, conhecido pela frase “Quem sou eu para julgar?” quando questionado sobre a homossexualidade, tem como missão promover uma Igreja Católica mais acolhedora e menos crítica. Os conservadores temem que isso mina os ensinamentos morais da Igreja.
Francisco defendeu a Fiducia Supplicans várias vezes, esclarecendo que as bênçãos não significam uma aprovação formal da Igreja para uniões entre pessoas do mesmo sexo. “Quando um casal se apresenta espontaneamente para solicitá-la, não se abençoa a união, mas simplesmente as pessoas que juntas a solicitaram. Não a união, mas as pessoas”, explicou em 26 de janeiro.
A Igreja Católica ensina que o sexo gay é pecaminoso e que as pessoas com atração pelo mesmo sexo, que não são consideradas pecaminosas, devem tentar ser castas. Francisco disse esperar que os críticos das bênçãos LGBT acabem por entendê-las, mas reconheceu que os africanos eram um “caso especial” em sua oposição à homossexualidade. Os bispos da África rejeitaram efetivamente a Fiducia Supplicans. Em alguns países africanos, a homossexualidade é severamente punida, com sentenças de prisão ou até mesmo a pena de morte.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.