O navio MV Bahijah, que transportava 14.000 ovelhas e 2.000 bovinos com destino a Israel, foi abandonado na costa da Austrália debaixo de um calor de aproximadamente 40ºC na terça-feira (30), após ser forçado a abandonar uma viagem pelo Mar Vermelho devido ao risco de ser atacado por membros da milícia Houthi, no Iêmen.
A princípio, há duas possibilidades: descarregar todos os bichos na Austrália, onde as regras de biossegurança exigem um período de quarentena; ou encarar mais um mês de viagem a Israel contornando a costa da África, para não passar pelo Mar Vermelho.
BREAKING: Today, the Department of Agriculture has confirmed that the live export company responsible for sending thousands of sheep and cattle into a conflict zone has submitted an application to offload the sick animals in Australia, but re-export the rest. pic.twitter.com/oLdIoYbztC
O Departamento de Agricultura do país emitiu uma atualização do caso nesta quarta-feira (31), afirmando que “a biossegurança da Austrália e a saúde e o bem-estar do gado a bordo” são prioridades, e trabalha para uma solução o mais rapidamente possível.
“Os últimos relatórios do veterinário a bordo do navio sugerem que o gado permanece em boa saúde e não há evidências de quaisquer preocupações significativas com a saúde, o bem-estar ou o ambiente. Dois veterinários independentes visitaram hoje o navio para inspecionar o gado e as instalações. O departamento revisará suas descobertas e considerará as próximas etapas. O departamento continua a avaliar o pedido de reexportação do gado fornecido pelo exportador. Estas são avaliações complexas que devem equilibrar a biossegurança australiana, a legislação de exportação, as considerações de bem-estar animal e os requisitos dos nossos parceiros comerciais internacionais. Mais informações serão publicadas à medida que as decisões forem tomadas” , diz a mais recente atualização sobre o caso.
A situação dos animais, que já estão no mar desde 5 de janeiro (26 dias), com pouca ventilação e em meio a seus excrementos, gerou protestos de grupos de defesa do bem-estar dos animais não-humanos.
O grupo pede que o Departamento Federal de Agricultura negue o pedido do exportador, que deseja seguir viagem por mais 33 dias até Israel, sem descarregar os animais.
A ONG Stop Live Exports (Parem as Exportações Vivas) é uma das organizações que se manifestou pedindo que os animais sejam descarregados na Austrália, onde organizou uma grande mobilização na cidade de Fremantle.
“Deixá-los lá por mais tempo e certamente a ideia de mandá-los de volta ao mar por 33 dias é desumano. Temos perguntado ao governo estadual, ao governo federal qual é o plano. Parece que no momento não existe um plano coerente”, disse Rebecca Tapp, membro da organização, à CNN.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.