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MATO GROSSO

Seplag amplia número de atendimentos de saúde mental aos servidores do executivo estadual

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O Governo de Mato Grosso por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), vem implantando e ampliando as ações voltadas para a promoção da saúde mental do servidor estadual. A base das ações está no Programa de Atenção à Saúde Mental para Servidores do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, que dá as diretrizes aos órgãos. O programa deve passar por reformulação em 2024.

A Coordenadoria de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (CGSST) da Seplag, é o setor responsável pelo planejamento, capacitação e acompanhamento das ações junto aos órgãos, autarquias e fundações estaduais. Dentre os serviços disponíveis estão atendimento em psicoterapia e consultas em psiquiatria, totalmente online e sem custo para o servidor. A perspectiva é aumentar a oferta do serviço e ampliar para outras demandas como depressão, ansiedade, burnout, luto, incidentes e crises.

“Temos percebido um resultado muito positivo e uma adesão aos programas de saúde mental desenvolvidos pela nossa equipe. Vimos que tem dado certo e por entendermos a necessidade de dar suporte ao servidor, estamos trabalhando para aumentar a oferta de atendimentos online, ainda em 2024”, pontua o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra.

De 2019 a 2023, o Programa de Atenção à Saúde Mental já realizou intervenções investigativas em 6 órgãos, alcançando 1.697 servidores. O programa trabalha em três eixos principais que é a apresentação do programa e o diagnóstico situacional, promoção, proteção e prevenção de riscos e monitoramento.

“Esse programa é o nosso guarda-chuva. Atua no risco de adoecimento psíquico em um órgão. Aplicamos uma pesquisa e com base no diagnóstico, a equipe atua com a melhor ferramenta para atender, seja para diminuir o risco de adoecimento psíquico e bem como a prevenção”, destaca o psicólogo e coordenador da CGSST, Flávio Jabra.

Também foi criado o Acompanhamento Psicossocial, que consiste na realização de intervenções individuais e coletivas focadas em saúde mental, relacionamento interpessoal, e conflitos no ambiente de trabalho, com atendimento realizado por psicólogo e assistente social. Em 2023, foram realizados 6.051 acompanhamentos e 2.700 servidores foram atendidos. Atualmente, 24 órgãos contam com o programa ativo em suas unidades.

Outra importante ação é o Protocolo de Prevenção ao Suicídio e Promoção da Saúde Mental, que padroniza os procedimentos para promoção da saúde mental e prevenção do risco de suicídio, fornecendo informações, estratégias e um protocolo para identificação, orientação, intervenção, acompanhamento e encaminhamento baseado no grau de risco.

Os servidores do executivo estadual contam ainda, com o Programa Ação Vida Saudável, que é um grande aliado da promoção à saúde mental. Desde a sua criação, em 2019, o programa vem aumentando a adesão dos servidores. Em 2022, apenas sete órgãos participaram. Já em 2023, a CSST atendeu servidores de 22 órgãos com aferição, bioimpedância e prática de atividades físicas.

A equipe da CGSST realiza capacitações, orientações técnicas e supervisões, para que cada unidade setorial possa desempenhar um bom trabalho junto aos servidores. Só no ano de 2023, a equipe realizou 25 capacitações, 35 orientações técnicas e 16 supervisões, em diversos órgãos do executivo estadual.

Sou servidor, como tenho acesso ao atendimento
O primeiro contato do servidor é a Coordenadoria de Segurança e Saúde no Trabalho (CSST) do órgão que ele é lotado, para dar início ao atendimento psicossocial.

Caso não tenha a coordenadoria na pasta, o servidor pode entrar em contato direto com a CGSST da Seplag, no e-mail saudeeseguranca@seplag.mt.gov.br ou no telefone (65) 3613-3705.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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