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Agronegócio

Ministros fazem reunião de emergência para discutir crise na agricultura

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Uma reunião importante para o agronegócio acontece nesta terça-feira (30.01) na sede do Ministério da Fazenda em Brasília, reunindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O encontro tem como objetivo discutir medidas emergenciais para o setor agrícola, com foco na renegociação dos financiamentos do Plano Safra 2023/24.

Fávaro adiantou que do encontro sai um relatório que será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o cenário atual do setor agrícola e indicação de alternativas para enfrentar os desafios atuais, como quebras de safra e preços baixos. Fávaro mencionou a experiência prévia do governo em lidar com crises similares, referindo-se à crise de 2008, quando foram tomadas medidas para a renegociação de dívidas e concessão de crédito aos produtores.

O ministro da Agricultura enfatizou a importância de agir antes que a crise se agrave. “Essa reunião sinaliza um esforço do governo em responder de maneira proativa às dificuldades enfrentadas pelo setor agrícola, buscando soluções que possam aliviar os desafios econômicos atuais”, concluiu.

PREÇOS E QUEBRAS – Além da quebra de safra, que deve ser significativa (o que levou a CNA a pedir socorro ao governo. Leia aqui)  os preços sa soja estão em queda, agravando a situação. Nesta terça-feira, em Mato Grosso, o principal estado produtor, a saca do grão já é negociada a valores inferiores a R$ 100 no mercado disponível.

Na sexta-feira (26.01), a média estadual registrada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) foi de R$ 97,03 a saca de 60 quilos, baixa de 2,4% no comparativo diário, refletindo a situação da maior parte das praças do Estado. Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, R$ 98,20; Em Sinop, R$ 96,90; Em Campos de Julio, R$ 94,80; E em Canarana, R$ 93,90.

Algumas localidades ainda mantiveram negócios acima dos R$ 100 na sexta-feira. Caso de Primavera do Leste, onde a saca do grão foi negociada a R$ 101,60. Em Rondonópolis, a cotação foi de R$ 103,50, segundo o Imea.

Janeiro tem sido de forte baixa para o grão no mercado internacional, com reflexo doméstico. Em Chicago, os principais contratos negociados estão próximos dos US$ 12 o bushel. A consultoria Agrifatto ressalta, em boletim, que a “âncora” dos preços têm sido a demanda menor por parte da China e a expectativa de maior oferta do grão.

Na América do Sul, a avaliação é a de que a recuperação da oferta da Argentina tende a compensar os efeitos da quebra de safra no Brasil. Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires revisou sua previsão para a colheita do país para 52,5 milhões de toneladas.

A avaliação dos especialistas é de que os preços de grãos, que devem voltar aos níveis pré-pandemia de Covid-19 até o fim do ano, além do que, os produtores brasileiros terão que lidar com um ambiente de maior concorrência no mercado global, especialmente com o retorno da Argentina ao mercado.

Enquanto o mercado ajusta suas posições, o preço da soja no Brasil indica não encontrar espaço para reagir. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base em Paranaguá (PR) acumula queda de 16,6% em janeiro. Na sexta-feira, fechou a R$ 118,84 a saca de 60 quilos.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Conab estima safra de café em 54,79 milhões de sacas

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (19.09) o terceiro levantamento da safra de café de 2024, revelando uma estimativa de produção de 54,79 milhões de sacas beneficiadas, uma leve redução de 0,5% em relação ao ano anterior.

Com 96% da área de café já colhida até o final de agosto, a safra de 2024 inicialmente indicava um crescimento na colheita, impulsionado pela situação favorável das lavouras e pelo ciclo de alta bienalidade. No entanto, condições climáticas adversas, como estiagens, chuvas esparsas e mal distribuídas, além de altas temperaturas durante o desenvolvimento dos frutos, reduziram as produtividades previstas.

A área total destinada à cafeicultura no Brasil em 2024 é de 2,25 milhões de hectares, com 1,9 milhão de hectares em produção, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior, e 345,16 mil hectares em formação, uma redução de 4,5%. A produtividade média nacional de café está estimada em 28,8 sacas por hectare, 1,9% abaixo da safra de 2023.

Para o café arábica, a produção estimada é de 39,59 milhões de sacas, representando um crescimento de 1,7% em relação à safra anterior. Minas Gerais, principal produtor de café do Brasil, deve colher 27,69 milhões de sacas, uma redução de 3,4% comparado ao ano anterior, devido às estiagens e altas temperaturas durante o ciclo reprodutivo.

Em São Paulo, apesar das adversidades climáticas, espera-se um crescimento de 8,2%, com uma produção de 5,44 milhões de sacas. No Espírito Santo, Rio de Janeiro e na área do cerrado baiano, as projeções de incremento na produção de arábica são menores do que o inicialmente estimado.

No Espírito Santo, principal produtor de conilon, a safra está estimada em cerca de 9,97 milhões de sacas, uma redução de 1,9%. Em Rondônia e na região do atlântico baiano, a colheita deve registrar quedas expressivas de 16,4% e 13,3%, respectivamente. Na Bahia, essa diminuição é atribuída à menor produtividade, enquanto em Rondônia, a redução é reflexo de ajustes na área cultivada, baseados em novas e mais precisas informações coletadas através de um projeto de mapeamento das áreas.

EXPORTAÇÕES – Entre janeiro e agosto de 2024, o Brasil exportou 32,1 milhões de sacas de 60 quilos de café, um aumento de 40,1% em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Este é o maior volume já exportado pelo país nos primeiros oito meses de qualquer ano. Se as exportações continuarem em alta nos últimos meses de 2024, o Brasil poderá superar o recorde de 43,9 milhões de sacas exportadas em 2020.

Os preços do café no mercado permanecem atrativos para os produtores, com o produto valorizado devido à oferta ajustada. A produção brasileira nas safras de 2021 e 2022 foi limitada por questões climáticas, e o Vietnã, outro grande produtor, também enfrentou problemas climáticos que reduziram seus estoques. Essa combinação de oferta limitada e alta demanda tem pressionado os estoques mundiais, resultando em um aumento significativo nos preços do robusta no mercado internacional, o que também tem influenciado a valorização do arábica.

Fonte: Pensar Agro

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