O diretor da CIA, William Burns, e autoridades do Egito, Catar e Israel se reuniram em Paris neste domingo para discutir um possível acordo de trégua na guerra de Gaza. Segundo fontes próximas aos participantes, as negociações lideradas pelos EUA estão próximas de um desfecho positivo para a libertação de mais de 100 reféns mantidos pelo Hamas e a suspensão da guerra em Gaza por cerca de dois meses.
Egito, Catar, Estados Unidos e Israel também contataram as autoridades francesas para avançar em direção a um acordo. Escolas mantidas pela UNRWA enfrentam riscos de bombardeios, escassez de água e comida. Segundo o The New York Times, ainda há divergências importantes a serem resolvidas, mas os negociadores estão otimistas de que um acordo final está próximo. O presidente Biden conversou por telefone com os líderes do Egito e do Catar na sexta-feira para contornar as divergências.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou seu compromisso em garantir a libertação dos reféns. Os reféns estão em cativeiro desde 7 de outubro, quando homens armados do Hamas invadiram Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas e capturaram outras 240. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu aos Estados Unidos e outros grandes doadores que continuem a financiar a agência da ONU que ajuda os palestinos.
Pelo menos oito países disseram que suspenderiam parte do financiamento da UNRWA após acusações contra funcionários. Guterres disse que nove dos 12 funcionários acusados foram demitidos. O chefe da agência de ajuda humanitária do Conselho Norueguês para os Refugiados pediu aos doadores que não punam as populações desesperadas pelos pecados de alguns trabalhadores humanitários individuais. O embaixador de Israel na ONU pediu a suspensão do apoio à UNRWA enquanto aguarda uma investigação abrangente.
Os EUA disseram que iriam reter o financiamento para a UNRWA, e outros países seguiram o exemplo. O Programa Alimentar Mundial afirma que quase 600 mil residentes palestinos enfrentam fome catastrófica e inanição em Gaza.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.