Uma pesquisa realizada na Igreja Evangélica da Alemanha (DEK, na sigla em alemão), divulgada nesta quinta-feira (25), mostrou que, desde 1946, 2,2 mil casos foram identificados de pedofilia dentro da instituição religiosa, com o envolvimento de 1.259 supostos abusadores.
A estimativa da equipe disciplinar, no entanto, afirma que ao menos outros 9,3 mil menores devem ter sido vítimas de abusos sexuais na DEK nos últimos anos. Esse é o primeiro estudo que traz número de casos de pedofilia dentro da Igreja Evangélica.
Segundo o estudo, a idade média das vítimas é de 11 anos no momento da primeira agressão, sendo a maior parte formada por crianças do sexo masculino. Os principais suspeitos são clérigos ou assistentes eclesiásticos, quase todos homens e com idade média de 45 anos.
Para os pesquisadores, esse relatório é apenas uma parte de algo muito maior. Isso se deve por não terem conseguido examinar todos os arquivos, pois a igreja não enviou os documentos para análise.
A própria Igreja Luterana alemã encomendou a pesquisa, que conta com mais de 800 páginas. Ela é a maior organização protestante da Alemanha. Diferentes especialistas em diversas universidades alemãs foram os responsáveis por redigir o estudo.
Na Alemanha, até o momento, só se tinham dados sobre a pedofilia na Igreja Católica. O estudo de 2018, que foi comissionado pela Conferência dos Bispos da Alemanha, apontou que a Igreja Católica alemã contabilizava 3.677 casos de abusos sexuais entre 1946 e 2014.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.