Nesta terça-feira (23), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla inglesa) fez um alerta para a ‘fome catastrófica’ que assola o território palestino. De acordo com a organização, 570 mil pessoas em Gaza estão sobrevivendo em meio a falta de comida e outros recursos básicos, em decorrência das restrições impostas por Israel ao fornecimento de alimentos, água e combustível para a área.
Por meio da rede social X (antigo Twitter), a UNRWA afirmou que não tem conseguido prestar a assistência necessária em Gaza. “Também os combates intensos, recusas e restrições de acesso e cortes de comunicações estão dificultando a capacidade da UNRWA de prestar ajuda de forma segura e eficaz.”
O Programa Alimentar Mundial fez um alerta para o grande risco de fome e desnutrição na região, e ainda reiterou que pouca assistência alimentar foi prestada para além da faixa sul de Gaza desde o começo do conflito.
“These are not conditions meant for human beings”
Across the📍 #GazaStrip people keep fleeing, looking for shelter in the hope of finding safety & protection.
Conditions are totally inhumane, as people sleep on the floor, without blankets, cooking where there is sewage flooding. pic.twitter.com/Aok6JpYcxs
Uma porta-voz da agência, Juliette Touma, fez uma visita à Gaza. Ela aparece em um vídeo que a ONU divulgou nesta terça-feira, mostrando pessoas em situações deploráveis de saúde. O vídeo também mostra famílias fazendo fila para conseguir comida e vivendo em moradias improvisadas.
“Total inhumane conditions – people slept on the floor, they didn’t have blankets, they cooked where there was sewage flooding” @BBCNews@JulietteTouma describes the “absolutely awful” conditions in Rafah, southern📍 #Gaza where the population has quadrupled since the war began. pic.twitter.com/Wudy90LM9z
“Essas não são condições adequadas para seres humanos”, afirmou Touma, acrescentando que a situação era “absolutamente desesperadora.”
A Força de Defesa de Israel (IDF), por sua vez, afirmou em publicação que, desde o início da guerra, 10 mil caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza. “Para sermos claros, não há limitação à quantidade de ajuda humanitária que pode entrar em Gaza”, adicionou.
Since the beginning of the war, 🚛 10,000 humanitarian aid trucks have entered Gaza.
To be clear, there is no limitation to the amount of humanitarian aid that can enter Gaza. https://t.co/osOKa0VoyS
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.