Desde a década de 70, o IBGE utilizava expressões como “aglomerados urbanos excepcionais”, “setores especiais de aglomerado urbano” e “aglomerados subnormais” para se referir ao que a população conhece como favelas e comunidades.
A última vez que o termo “favela” foi utilizado pelo Instituto foi na década de 60. Segundo o IBGE, esforços vêm sendo exercidos para retratar os territórios populares presentes no território brasileiro.
Esta alteração ocorre 50 anos depois por demanda dos moradores de favelas e comunidades urbanas. O termo em questão é uma reivindicação histórica por reconhecimento e identidade de movimentos populares. O complemento “comunidades urbanas” foi acrescentado pois, de acordo com o Instituto, muitos locais não se reconhecem mais como “favelas”.
Favelas e comunidades urbanas
O Brasil conta atualmente com cerca de 10 mil favelas e comunidades urbanas, com uma populaçãoe estimada de 16,6 milhões de pessoas, apontam os dados prévios do Censo de 2022. É uma representação de 8% da população brasileira.
Lista das maiores favelas e comunidades do Brasil:
• Sol Nascente – Brasília (DF): 32.081 • Rocinha – Rio de Janeiro (RJ): 30.955 • Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ): 27.573 • Beiru/Tancredo Neves – Salvador (BA): 20.210 • Heliópolis – São Paulo (SP): 20.016 • Paraisópolis – São Paulo (SP): 18.912 • Pernambués – Salvador (BA): 18.662 • Coroadinho – São Luís (MA): 18.331 • Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM): 17.721 • Comunidade São Lucas – Manaus (AM): 17.666 • Baixada da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA): 15.601 • Alto Santa Teresina/Morro de Hemeterio/Skylab-Alto Zé Bon – Recife (PE): 13.040 • Assentamento Sideral – Belém (PA): 12.177 • Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ): 12.136 • Valéria – Salvador (BA): 12.072 • Baixadas da Condor – Belém (PA): 11.462 • Bacia do Una-Pereira – Belém (PA): 11.453 • Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM): 11.326 • Santa Etelvina – Manaus (AM): 10.460 • Cidade Olímpica – São Luís (MA): 10.378 • Colônia Terra Nova – Manaus (MA): 10.036
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.