A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino da Silva, realizou visita institucional ao presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho, na manhã desta segunda-feira (22), dando início aos trabalhos pós-recesso judiciário. Dentre os assuntos tratados, as comemorações dos 150 anos do TJMT.
“No dia 1º de maio de 2024, o Tribunal completa esses 150 anos. E para isso nós já temos uma série de programações sobre as quais nós falávamos da importância de estarmos todos juntos, Assembleia, Executivo, Ministério Público, Judiciário, todos nós. Até porque, como bem lembrado pelo deputado Wilson Santos, o primeiro governador de Mato Grosso veio do Poder Judiciário. Então tem toda uma história que faz com que nós tenhamos a certeza de que, dessa união de Poderes e de instituições, nós sempre teremos o fortalecimento dos serviços por nós prestados à sociedade”, declarou a presidente Clarice.
O deputado Wilson Santos, que também participou da reunião, destacou que o primeiro governador eleitor de Mato Grosso foi Manuel José Murtinho, que foi juiz no interior e na capital mato-grossense e, inclusive, compôs o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi governador entre agosto de 1891 e agosto de 1895.
Em relação à comemoração desses 150 anos de história do Poder Judiciário em Mato Grosso, o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, manifestou interesse em promover eventos, em parceria com o TJMT, que sejam voltados ao interesse público. “Essa relação institucional entre a Assembleia e o Tribunal de Justiça tem dado resultado. Nós temos produzido bons frutos para Mato Grosso, haja vista que agora em março nós vamos fazer uma apresentação de um relatório que foi construído numa parceria com o Tribunal de Justiça sobre a violência doméstica. Nós vamos fazer um grande simpósio em conjunto para apresentarmos esse estudo, que foi coordenado pela desembargadora Maria Erotides Kneip, e buscar dali algum caminho para trabalharmos para diminuirmos ou acabarmos de ver com a violência contra as mulheres”, disse o parlamentar.
Durante a reunião entre os presidentes do Legislativo e do Judiciário estadual, também foi firmado um termo de cooperação técnica em que a ALMT cede um servidor com formação em Direito para atuar no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Fórum de Várzea Grande. De acordo com a desembargadora Clarice Claudino, a parceria fortalece a política de tratamento adequado de solução de conflitos, no caso a mediação, além da relação entre os Poderes. “Fortalece as formas dialogadas de solução e fortalece também a cooperação entre os Poderes. Numa dessas nossas tratativas, nós fizemos um termo de cooperação em que planejamos uma cessão de pessoa qualificada para atuar no Fórum de Várzea Grande, especificamente no Cejusc, onde vai atender centenas, senão milhares de pessoas com essa qualificação. E é isso o que hoje nós viemos aqui concluir essa negociação para que a cooperação comece a ter a sua efetividade e isso foi assinalado positivamente e nós vamos começar a usufruir dessa parceria com a Assembleia Legislativa”, disse a magistrada.
Também participaram da reunião o procurador-geral da ALMT, Ricardo Riva; o consultor legislativo, Fábio Lessa e a procuradora da ALMT, Francielle Claudino Pereira Brustolin.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: Na sala da Presidência da ALMT, em pé, lado a lado e sorrindo, da esquerda para a direita: procurador-geral da ALMT, Ricardo Riva; deputado Wilson Santos; procuradora da ALMT, Francielle Claudino Pereira Brustolin; presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva; presidente da ALMT, deputado Eduardo botelho; consultor legislativo, Fábio Lessa.
Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
“O Estado de Mato Grosso tem feito, em especial nos últimos anos, uma atuação expressiva e significativa na atenção às pessoas egressas do sistema prisional, como a implantação dos Escritórios Sociais, qualificação e composição de equipes”, afirmou a diretora de Cidadania e Políticas Alternativas do Governo Federal, Mayesse Silva Parizi durante o Encontro Nacional da Política Nacional de Atenção à Pessoa Egressa do Sistema Prisional (PNAPE), realizado nesta quinta-feira(07.11), em Cuiabá,
De acordo com Parizi, a escolha de Cuiabá para sediar esse evento foi estratégica, dada a relevância das ações desenvolvidas como parte do Sistema Prisional pelo Governo de Mato Grosso, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Conforme balanço apresentado pela Fundação Nova Chance (Funac), órgão responsável pela assistência e reinserção social de pessoas em privação de liberdade e deixando a prisão, somente em 2024, até o mês de outubro, o Governo intermediou a contratação de cerca de cinco mil pessoas privadas de liberdade e egressos.
Atualmente, existem 266 contratos ativos com cerca de 250 órgãos públicos e empresas privadas mato-grossenses que empregam mão de obra de trabalhadores privados de liberdade e egressos do sistema prisional.
Durante o encontro, o secretário adjunto de Segurança Pública, Coronel PM, Héverton Mourett de Oliveira, lembrou que os resultados alcançados pela atual gestão só foram possíveis a partir da união dos esforços do Poder Executivo com o Judiciário, Ministério Público, Defensoria, prefeituras e outras instituições públicas e privadas.
“Essa melhoria ocorreu porque foi possível compartilhar os desafios e somar esforços com outros órgãos para que pudéssemos enfrentar a questão da reinserção social”, destaca Mourett.
De acordo com o coronel Mourett, para que isso possa acontecer as instituições e os poderes trabalham para criar normativas e novas estruturas que permitem atender melhor aqueles que estão em iminência de deixar a prisão e os que já estão em liberdade e necessitam do suporte do poder público e da sociedade para voltar ao mercado de trabalho e assegurar renda para si e suas famílias.
O secretário adjunto da Administração Penitenciária, Jean Gonçalves, citou os avanços para abertura de mais vagas e modernização das unidades prisionais do Estado, onde começa o processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade.
Conforme dados da Sesp, entre 2029 e 2023, o Governo de Mato Grosso investiu R$ 300 milhões em obras e reforma das unidades prisionais. Como resultado desses investimentos, o levantamento anual do Governo Federal, este ano apresentado em outubro, Mato Grosso possui 12.988 vagas para 12.856 presos em 41 unidades prisionais. O superávit é de 132 vagas. “Houve investimento massivo na construção de vagas em um primeiro momento, para que posteriormente pudéssemos oferecer oportunidade de trabalho, educação, curso profissionalizante”, pontuou.
“Muitos estados fecham as portas para os órgãos fiscalizadores. Aqui fizemos diferentes, nós abrimos as portas para que seja possível buscar solução para os problemas encontrados. Essa é a nossa metodologia em Mato Grosso, nós temos um trabalho coeso entre os poderes, cada um dentro da sua atribuição”, acrescentou Jean Gonçalves.
Nova Chance
Durante o encontro, o presidente da Fundação Nova Chance, Winkler Freitas, instituição responsável pelo atendimento a pessoas egressas e sua família, detalhou a atuação da instituição e fez um balanço dos números alcançados desde o início do ano.
Freitas explicou que em 2020, a partir da união dos Poderes Executivo, Judiciário e outras instituições públicas foram instituídos os Escritórios Sociais, que funcionam como um braço da Funac no atendimento e intermediação da mão de obra de egressos e pré-egressos do Sistema Penitenciário com empresas privadas e órgão públicos.
Desde então, são 10 escritórios funcionando em Cuiabá em cidades como Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Sorriso, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde.
Encontro Regional
Além de Mato Grosso, o evento reuniu autoridades dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e de Brasília, que discutiram temas como: a Implementação da PNAPE, Espaço de reintegração social da pessoa egressa e seus familiares; Metodologia de Gestão dos Serviços Especializados e inserção entre gênero e raça, Políticas Públicas para trabalho e inclusão produtiva da pessoa egressa e seus familiares.