Com a desistência de Ron DeSantis nesse domingo (21), a republicana Nikki Haley passou a ser a principal oponente de Donald Trump na disputa pela candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano.
Conhecida por posições mais moderadas, embora siga conservadora – característica do Partido Republicano –, a ex-embaixadora dos EUA na ONU vem acenando aos eleitores moderados e indecisos que o radicalismo de Trump é problemático.
Haley afirmou que não considera a possibilidade de formar chapa com o ex-presidente. “A preocupação que tenho é – não estou dizendo nada depreciativo – que quando você está lidando com as pressões de uma presidência, não podemos ter outra pessoa que questionamos se está mentalmente apta”, disse durante comício nessa sexta-feira (19), comparando o republicano ao atual presidente democrata, Joe Biden.
Quem é Nikki Haley?
Nascida em Bamberg, na Carolina do Sul, Nikki Haley, de 51 anos, é filha de imigrantes da Índia, e já abordou durante a campanha as discriminações que sua família enfrentou. Formada em Contabilidade na Clemson University em 1994, Haley ajudou a expandir o negócio dos pais.
Ela assumiu cargos de liderança em diversas organizações empresariais antes de conquistar uma cadeira na legislatura da Carolina do Sul em 2004. Casada e mãe de dois filhos, Haley foi eleita, em 2010, governadora da Carolina do Sul, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo no estado.
Em 2015, Haley recebeu atenção nacional após assinar o projeto de lei que removia a bandeira confederada do Capitólio do estado da Carolina do Sul, depois do assassinato de nove pessoas negras pelo supremacista branco Dylann Roof.
Rivalidade com Trump
Nikki Haley apoiou vários rivais de Trump na disputa pela indicação presidencial republicana de 2016. Nesta campanha, Haley vem tentando se mostrar como a candidata mais preparada em política externa, demonstrando apoio à Ucrânia no conflito contra a Rússia e uma posição dura em relação à China – temas secundários na campanha de Donald Trump.
Desde que saiu do governo Trump em 2018, quando deixou o cargo de embaixadora da ONU, Haley teve um relacionamento conturbado com o ex-presidente, criticando-o publicamente após os ataques ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021. Na atual campanha, Haley dificilmente aborda o temperamento e o caráter de Trump.
Nas prévias de Iowa, no dia 15 de janeiro, Nikki Haley ficou em terceiro lugar, atrás de Ron DeSantis e Donald Trump. DeSantis, atual governador da Flórida, desistiu da candidatura e anunciou apoio a Trump. Haley mantém sua aposta na próxima votação das primárias, que ocorre nesta terça-feira (23) em New Hampshire.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.